PM captura mulher condenada por comprar centrífuga furtada e tráfico de drogas

A captura de uma mulher de 39 anos no Acampamento Jatobá, condenada por receptação, porte ilegal de arma e tráfico de drogas, é um capítulo de um enredo jurídico que se arrasta há 10 anos, acumulando em duas penas um total de 10 anos de prisão.

Havia um mandado de prisão expedido no último dia 24 de maio pelo juiz Luiz Felipe Medeiros contra A.O.N. porque ela não compareceu ao central de monitoramento para recarregar a bateria da tornozeleira eletrônica.

A primeira prática criminosa que resultou em uma pena de 4 anos de prisão em regime aberto, além do pagamento de multa, foi em um processo por receptação. Em 26 de fevereiro de 2014, A.O.N., na época com 26 anos de idade, foi presa pela Polícia Militar por ter comprado de Vandelson Brites (atualmente com 24 anos, cumprindo pena por homicídio e roubo) uma centrífuga que ele havia furtado. Ela foi sentenciada 8 meses depois pelo juiz Fernando Moreira Freitas da Silva a 4 anos de reclusão em regime aberto e ao pagamento de uma contribuição de um salário mínimo para o Instituto Leão de Judá, uma organização não governamental que desenvolve projetos sociais.

A.O.N. voltou a ser presa em 13 de novembro, desta vez na Estação Rodoviária de Dourados. Os policiais encontraram na bagagem dela 14 tabletes de maconha, que pesavam 9 quilos. Ela admitiu que receberia R$ 2 mil para transportar a droga de Coronel Sapucaia até Campo Grande. Em 23 de outubro de 2017, o juiz Luiz Alberto de Moura, da 1ª Vara Criminal de Dourados, a condenou a 6 anos de prisão, sentença confirmada em 2018 pelo Tribunal de Justiça. Antes disso, em 27 de fevereiro de 2017, ela havia obtido liberdade provisória com uso de tornozeleira eletrônica.