SIDROLÂNDIA- MS
Prefeitura planeja entregar reforma do CMEI Cantinho Feliz em dezembro e enfrenta desafio de garantir recursos para obras em quatro escolas
Com investimento de R$ 739,5 mil e execução da empresa Sanches & Correa Ltda, o prédio passa por reforma completa com prazo de 105 dias para conclusão.
Redação/Região News
05 de Outubro de 2025 - 17:38

Fechado há quase um ano por risco estrutural, o Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Cantinho Feliz deve ser entregue reformado em dezembro, mês do aniversário de Sidrolândia.
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A unidade, localizada no bairro Pé de Cedro, foi interditada em novembro do ano passado após vistoria do Corpo de Bombeiros que constatou infiltrações, risco de choque elétrico e ausência de sistema de prevenção a incêndio.
A interdição foi sacramentada após um temporal que alagou salas e comprometeu a estrutura física. Desde então, o atendimento às crianças foi transferido para um prédio alugado, onde a escola funciona provisoriamente desde o início deste ano.
Com investimento de R$ 739,5 mil e execução da empresa Sanches & Correa Ltda, o prédio passa por reforma completa com prazo de 105 dias para conclusão. O projeto prevê nova cobertura metálica com telhas termo acústicas, substituição do forro de PVC por gesso acartonado, reforma total da cozinha, banheiros e berçários, além da instalação de ar-condicionado em todas as salas.
A unidade também ganhará nova varanda coberta, parquinho em área gramada, acessibilidade plena e readequação dos espaços internos.
Relatórios apontam precariedade em várias escolas
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O caso do Cantinho Feliz não é isolado. Relatórios elaborados por engenheiros do Departamento de Planejamento da Prefeitura, a pedido do Ministério Público Estadual (MPMS), apontam deficiências estruturais em quatro escolas, incluindo problemas elétricos, infiltrações, fissuras e ausência de dispositivos de segurança contra incêndios.
Os laudos confirmam o que diretores e professores já relataram: muitas escolas foram construídas há mais de 40 anos e nunca passaram por reformas completas. Parte delas sequer possui rede elétrica capaz de suportar o uso simultâneo de ventiladores, obrigando alunos e professores a enfrentarem o calor intenso em sala de aula. “É uma herança pesada da gestão anterior, que negligenciou a manutenção e deixou prédios em situação precária. Estamos enfrentando um passivo estrutural que se arrasta há décadas”, comentou um engenheiro do Planejamento.
Finisa investiu R$ 2,8 milhões, mas deficiências persistem
Entre 2021 e 2024, a Prefeitura aplicou R$ 2,8 milhões do programa Finisa (Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento) em reformas das escolas Natália de Moraes, Valério Carlos da Costa, Olinda Brito e Pedro Aleixo.
Mesmo com esses investimentos, boa parte da rede escolar ainda enfrenta infiltrações, rachaduras, instalações comprometidas e falta de equipamentos de segurança.
O contraste é evidente diante do orçamento da Secretaria Municipal de Educação, que ultrapassa R$ 183 milhões em 2025 — recursos que, em sua maioria, são destinados ao pagamento de salários e custeio da rede, limitando a capacidade de investimento em obras estruturais.
Ministério Público acompanha prazos e cobra reformas
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A pressão judicial também se intensificou. O Ministério Público instaurou diversas ações civis públicas que cobram reformas e adequações de segurança. As unidades Porfíria do Nascimento, Sandro Gonzalez, Irmã Demétria e Valério Carlos da Costa estão entre as que possuem prazos judiciais e recomendações do Corpo de Bombeiros.
A Escola Irmã Demétria, fechada desde junho, precisa de reforma geral, com troca do telhado, pintura e substituição das redes elétrica e hidráulica. A Secretaria de Educação nos próximos dias vai apresentar ao Ministério Público o projeto de troca da cobertura com telhas de barro por outro material mais leve.




