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SIDROLÂNDIA- MS

Uma alma entre versos: Mauricio Anache e as poesias que atravessaram o tempo

Poesias da Minha Alma é uma ponte que atravessa décadas, trazendo à tona lembranças e afetos, através de versos que dialogam com a vida simples, a infância, a natureza, o amor e, acima de tudo, a família.

Marcos Tomé/RN

17 de Dezembro de 2024 - 14:26

No compasso das palavras, onde a alma repousa e a vida se eterniza, nasce "Poesias da Minha Alma", obra do médico pediatra Mauricio Coutinho Anache, um homem de mãos curativas e coração repleto de memórias. Aos 58 anos, Mauricio compila em 86 páginas um universo que o acompanha desde a adolescência, quando os versos surgiram pela primeira vez, ainda em forma de semente.

Uma alma entre versos: Mauricio Anache e as poesias que atravessaram o tempo
Rupi Kaur. Foto: Divulgação

Pai de dois filhos, casado há 25 anos com Daniele Comparin Anache e viajante de experiências, Mauricio revela que sua inspiração final para organizar a obra veio de uma viagem ao exterior, ao se deparar com os poemas de uma escritora indiana, Rupi Kaur, numa livraria nos Estados Unidos, que escrevia sobre sentimentos humanos e temas cotidianos. Tocando esse solo fértil, ele decidiu: também era hora de compartilhar com o mundo as suas próprias raízes poéticas.

Poesias da Minha Alma é uma ponte que atravessa décadas, trazendo à tona lembranças e afetos, através de versos que dialogam com a vida simples, a infância, a natureza, o amor e, acima de tudo, a família. É também um grito silencioso de saudade à mãe, Maisa Coutinho Anache, que faleceu quando Mauricio tinha apenas 18 anos.

Quem vê Mauricio Anache como o médico ou o político — ex-vereador em Sidrolândia entre 2013 e 2016 — talvez não imaginasse que ele carrega, desde os tempos de juventude, a vocação para a poesia."

A vida é só uma passagem…”, diz o autor, com a serenidade de quem aprendeu a sentir a presença na ausência. Mauricio admite que nunca teve tempo para verdadeiramente apreciar a presença de sua mãe, não por distância física, mas pela imaturidade natural da juventude. Hoje, seus versos são um encontro tardio, um reencontro que o papel permite e que a eternidade acolhe.

As páginas do livro se tornam um testemunho também para os olhos de seu pai, Benedito Anache que, ao ler os poemas, deixou escapar a emoção por um telefonema carregado de carinho e orgulho. É a família, tão presente nas linhas de Mauricio, que confirma: Poesias da Minha Alma é também um presente para os que o cercam.

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Quem vê Mauricio Anache como o médico ou o político — ex-vereador em Sidrolândia entre 2013 e 2016 — talvez não imaginasse que ele carrega, desde os tempos de juventude, a vocação para a poesia. Mas, afinal, poesia é isso: a capacidade de enxergar o mundo com um olhar mais profundo, mais humano.

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Não há quem passe pelas páginas de Poesias da Minha Alma sem sentir, pelo menos por um instante, a leveza de um tempo mais simples, a saudade de um lar ou a presença de quem partiu. Entre versos e estrofes, Mauricio Anache nos presenteia com uma certeza: a vida pode ser breve, mas a poesia, essa é eterna.