Sidrolandia
Após morte, Sinpol cobra tratamento psicológico gratuito a policiais
Simião explica que o sindicato busca amparar os policiais, garantindo a eles o direito de acompanhamento psicológico preventivo.
Campo Grande News
08 de Julho de 2014 - 09:18
O Sinpol/MS (Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul) cobra do Estado tratamento psicológico gratuito para os servidores da categoria. Segundo o vice-presidente da entidade, Roberto Simião de Souza, o objetivo é tentar evitar casos como o do investigador Allan Martia, de 33 anos, que foi encontrado morto ontem (7), após cometer suicídio.
Simião explica que o sindicato busca amparar os policiais, garantindo a eles o direito de acompanhamento psicológico preventivo. Nossa luta é para que todos os policiais, principalmente aqueles que vivenciaram situações traumáticas, possam ter este benefício. Queremos que eles mantenham a saúde mental em dia para o bom desempenho da função, disse.
Preocupação Allan foi encontrado enforcado por volta das 14h de ontem, na casa onde vivia sozinho na Rua do Policial, Conjunto Arnaldo Estevão Figueiredo, em Campo Grande. A morte do investigador chamou ainda mais a atenção porque quatro dias antes, o policial Bruno Leandro da Silva, de 32 anos, havia tirado própria vida com um tiro na cabeça, em Fátima do Sul, a 246 quilômetros da Capital.
Os dois casos em curto período de tempo preocupam o Sinpol/MS. Simião aponta que vários fatores que podem levar a este ponto crítico. São problemas pessoais e profissionais. No caso da Polícia Civil, sabemos que é um trabalho de risco e muito estressante, no qual os servidores se deparam com sobrecarga de funções, falta de estrutura e a insegurança. Estes fatores acumulados podem desencadear algum tipo de transtorno que precisa ser observado de perto por especialistas, disse.
Ele aponta que embora haja cobrança por parte do Sinpol/MS, o Estado ainda não se manifestou sobre o pedido. Por enquanto, quem precisar, terá que custear o tratamento por conta própria. Nos últimos 18 meses, oito policiais morreram. Além dos dois suicídios deste ano, houveram dois no ano passado (na Capital), três homicídios (dois na Capital e um no interior) e uma morte em acidente de trânsito (Costa Rica).