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Sidrolandia

Cartões movimentam mais de 50% das vendas na capital

Os consumidores, que cada vez mais estão acostumados com essa forma de pagamento, estranham a rejeição

TV Morena

22 de Abril de 2010 - 14:13

A maioria das vendas no comércio de Campo Grande é feita com cartão. Apesar das facilidades e menor risco de inadimplência muitos comerciantes se recusam a aceitar o chamado dinheiro de plástico. Os consumidores, que cada vez mais estão acostumados com essa forma de pagamento, estranham a rejeição.

Os taxistas também aderiram aos pagamentos com cartão. Para receber dos passageiros, o motorista Leandro Antunes, usa uma máquina alugada da empresa, que opera o sistema.

O aparelho pode ser ligado no acendedor de cigarros e funciona com o mesmo sistema de comunicação dos celulares. “A vantagem é que a gente não está carregando dinheiro, né.

A gente por ventura, Deus me livre, aconteça um assalto, vai levar só o que tem em espécie. Porque já cai na conta direto, a maior vantagem é essa”, declarou.

O dinheiro de plástico caiu na preferência dos consumidores. Para o economista, Fernando Abrahão, o sistema de pagamentos oferece vantagens para consumidores e comerciantes. “No ponto de vista do consumidor, ele consegue reunir em uma única fatura todas as suas despesas.

A compra através do cartão de crédito é uma tendência cada vez mais crescente entre os consumidores. O custo da máquina pode inviabilizar a disponibilização do cartão de crédito nas lojas.

Se o fluxo de vendas for muito pequeno, ele não consegue diluir isso no seu número de vendas, e consequentemente inviabiliza ter a máquina em seu estabelecimento”, explicou.

Em um posto de combustíveis da Capital, metade das vendas é com cartão. “Evita também a inadimplência, porque tem bastante segurança, não precisa pedir documentação. Tem cartão que é mediante senha”, declarou Paulo Garicoi Neto, frentista.

Apesar da agilidade e menor risco de inadimplência, alguns comerciantes se recusam a aceitar essa forma de pagamento. O motivo é a despesa para manter o sistema funcionando. Em cada transação feita com cartão em um posto de combustível, o dono paga para a operadora uma taxa que varia de 2,5% a 3,5% sobre o valor da venda.

Se o cliente pagar com cartão de crédito o comerciante só vai receber o dinheiro 30 dias depois, já no débito o repasse é feito em dois dias.

Além disso a máquina usada para fazer os pagamentos custa em média R$ 100 reais. Para o representante do Sinpetro, Sindicato das Revendedoras, os custos reduzem a margem de lucro do postos. “Esse tipo de concorrência que está vindo a a mais ficou muito reduzido, o cartão reduziu ainda mais.

Se você precisar fazer uma antecipação desse crédito futuro, com o cartão, você vai perder mais da metade da sua margem”, disse Marcos Alceu Vilalba.

O comércio que recusa o cartão tem menos despesas mas também corre o risco de afastar a freguesia. “ Afasta, eu não abasteceria onde não aceitasse meu cartão”, afirmou Célia Regina Coutinho de Lima, funcionária pública. 

As taxas de operação do sistema de cartão de crédito ou débito podem chegar até 5% do valor da venda dependendo do setor e do volume de negócios.