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Sidrolandia

População de rua cresce, consome álcool, droga nas praças e prefeitura não tem o que fazer

São pelo menos 20 pessoas que se recusam a ficar no abrigo criado pela Prefeitura no antigo seminário dos Capuchinhos

Flávio Paes/Região News

22 de Outubro de 2015 - 14:45

Sidrolândia experimenta um fenômeno típico dos centros urbanos em processo de crescimento populacional: o aumento da chamada população de rua, que está transformando praças e canteiros centrais da principal avenida da cidade - a Dorvalino dos Santos – em casa a céu Aberto, onde consomem bebida alcoólica, drogas a vista de todos. Um dos pontos de concentração (e pouso) é a Praça do Bairro São Bento.

São pelo menos 20 pessoas que se recusam a ficar no abrigo criado pela Prefeitura no antigo seminário dos Capuchinhos, onde podem fazer a higiene pessoal, ter as refeições, até que suas famílias sejam localizadas e eles possam ser encaminhadas as cidades de origem.

Na quarta-feira o prefeito Ari Basso se reuniu com representantes do Ministério Público, Defensoria Pública e da Polícia Militar, quando foi alertado que nenhum morador de rua pode ser forçado a deixar a rua, ainda que seja para receber atendimento, nem ser conduzido à delegacia para uma checagem da sua ficha criminal.

Hoje eles vivem de pequenas doações em dinheiro e alimentos que são fornecidos pela própria comunidade que muitas vezes ajuda com medo desses indivíduos que em alguns casos são violentos.

O defensor público, Gustavo Pinheiro, sugeriu que a Prefeitura colocasse ônibus pela manhã e na hora do almoço para que eles fossem até o seminário tomar o lanche matinal e almoçar, depois trazendo eles de volta ao centro da cidade. Para o defensor assim seria mais fácil integra-los a realidade do abrigo para depois encaminha-los para cidades de origem. A proposta foi considerada inviável.