Sidrolandia
Prefeitura economiza R$ 20 mil com fechamento de posto e gastaria R$ 70 mil se for reforçar o hospital
Ao invés de reduzir os gastos com o pagamento de plantão em R$ 32 mil, a Secretaria de Saúde contabilizou uma economia de exatos R$ 20.576,41.
Flávio Paes/Região News
25 de Setembro de 2013 - 08:18
Embora ainda não tenham sido completados os primeiros 30 dias de fechamento da Unidade Central de Saúde Acelino Roberto Ferreira entre meia-noite e 6 da manhã, a Prefeitura de Sidrolândia projeta uma economia 37,5% menor que a estimada inicialmente com a suspensão do atendimento na madrugada.
Ao invés de reduzir os gastos com o pagamento de plantão em R$ 32 mil, a Secretaria de Saúde contabiliza uma economia de exatos R$ 20.576,41. As despesas somaram R$ 63.447,59, ante os R$ 84.022,00 gastos em agosto. Portanto, na prática, uma economia diária de R$ 685,88, pouco mais que um salário mínimo.
De acordo com a secretária de Saúde, Leila Couto, uma das razões para a meta de economia não ter sido alcançada foi porque ao invés de reduzir pela metade o valor do plantão pago aos funcionários, eles receberam 75% do valor integral. Os médicos continuaram tendo a mesma remuneração, embora o expediente tenha sido reduzido de 12 para 6 horas. Eles ganham R$ 750,00, de segunda a sexta-feira e R$ 850,00, aos sábados, domingos e feriados.
Em contrapartida se a Prefeitura atender a reivindicação do Hospital Elmiria Silvério Barbosa e contratar um médico para reforçar o plantão à noite, terá um custo mensal de R$ 70 mil, valor que embute além do valor pago ao profissional, o custo dos encargos sociais. Hoje só há um médico no hospital a partir das 18 horas e quando há paciente em estado grave que precisa ser encaminhado na vaga zero para Campo Grande o plantonista tem de ir junto na ambulância. Nestas situações, o hospital fica desguarnecido.
Este cenário foi apresentado pela secretária municipal de Saúde, Leila Couto, durante a sabatina na Câmara de Vereadores. Ela garantiu que a decisão de fechar o posto central na madrugada não provocou problemas no hospital. Nos primeiros 23 dias do novo esquema, entre 6 da tarde e meia-noite dos 1.384 pacientes passaram pelo posto, só 22 foram encaminhados para atendimento no hospital. Com base na informação do vigia, durante a madrugada ninguém procurou o posto em busca de atendimento, assegura a secretária.