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Sidrolandia

Professores fazem assembleia para decidir sobre greve em Dourados

Entre as reivindicações da categoria está uma política municipal de valorização que pague o piso nacional para 20 horas trabalhadas por semana.

Campo Grande News

16 de Julho de 2014 - 10:00

O Simted (Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação) de Dourados, município a 233 quilômetros de Campo Grande, está em assembleia nesta manhã, para decidir se mantém o indicativo de greve, aprovado ontem pela categoria. Eles ameaçam não voltar às aulas amanhã, e deixar 27 mil alunos da rede municipal de ensino em aulas.

A Prefeitura, porém, afirma que o ano letivo vai recomeçar normalmente, e lembra que 30% do efetivo deve ser mantido, por lei, além de contar com os professores contratados.

Segundo o Simted, embora o estado de greve tenha sido deflagrado desde ontem, as atividades programadas, como cursos voltados à educação infantil, estão sendo realizadas.

Representantes do sindicato afirmam que os professores concursados do município não receberam reajuste salarial em 2014 e que Dourados não cumpre lei nacional que determina um piso salarial de R$ 1.697 para uma carga horário de 40 horas semanais. Funcionários administrativos também não tiveram os salários reajustados.

Entre as reivindicações da categoria está uma política municipal de valorização que pague o piso nacional para 20 horas trabalhadas por semana. O objetivo do sindicato é que o plano seja colocado em prática, gradualmente, em um prazo de quatro anos. Em Campo Grande, servidores da educação já recebem o piso pelas 20 horas de trabalho.

Estimativa do Simted aponta que dos 1,9 mil professores da rede municipal de ensino, aproximadamente 700 são contratados. O sindicato acredita que apenas estes retornarão às salas de aulas a partir de amanhã, especialmente nos Ceims (Centros de Educação Infantil).

Posicionamento – A secretária municipal de Educação, Marinisa Mizoguchi, informou, segundo a assessoria de imprensa, que as aulas vão começar normalmente.

A Prefeitura de Dourados propôs reajuste de 8,31% para professores e de 6,15% para funcionários administrativos a partir de julho, mas retroativo a abril, conforme determina a lei. A proposta diz que o reajusta será concedido em três parcelas, junto com o salário já corrigido em julho.

A administração municipal argumenta que pagar o piso nacional aos professores seria o mesmo que dobrar o valor pago atualmente. Para a administração municipal, a demanda representaria um grande volume de recursos destinados à Educação. Por isso, a prefeitura propôs apresentar um estudo, até outubro desse ano, informando como pretende conceder o reajuste do piso aos servidores.