MS tem melhora de desenvolvimento em 76,9% de municípios

Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM), criado pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro para acompanhar a evolução dos 5.564 municípios brasileiros e os resultados da gestão das prefeituras, apontou que 60 dos 78 municípios (76,9%) do Estado do Mato Grosso do Sul apresentaram melhora em seu índice de desenvolvimento. O estudo revela ainda que 64 municípios registraram nível de desenvolvimento moderado, 13 foram classificados na categoria regular e nenhum apresenta baixo índice de desenvolvimento.

Em 2000, para se ter uma ideia, apenas 20 municípios sul-mato-grossenses estavam no patamar moderado contra 57 na faixa regular. O único município a atingir em 2009 alto grau de desenvolvimento no estado foi a capital Campo Grande. O desenvolvimento do estado avançou significativamente em relação a 2000, quando seu IFDM era de 0,6104 pontos. Em 2009, chegou a 0,7526.

Com periodicidade anual, recorte municipal e abrangência nacional, o IFDM considera três áreas de desenvolvimento – Emprego & Renda, Educação e Saúde – baseado em dados declarados pelas próprias prefeituras ao Governo Federal. As estatísticas oficiais mais recentes são de 2009. A pesquisa começou em 2008, comparando os anos de 2005 e 2000, e permite determinar com precisão se a melhora ocorrida em determinado município foi decorrente de ações políticas ou apenas o reflexo da queda de outra localidade. O índice varia de 0 (mínimo) a 1 (máximo) para classificar o nível de cada município. Os critérios de análise estabelecem quatro categorias: baixo (de 0 a 0,4), regular (0,4001 a 0,6), moderado (de 0,6001 a 0,8) e alto (0,8001 a 1) desenvolvimento.

O Mato Grosso do Sul atingiu em 2009 a décima posição no ranking dos estados. O crescimento registrado foi impulsionado principalmente pelo avanço na vertente Educação (0,7499 pontos), 3,2% maior do que em 2008. O IFDM Saúde apresentou suave crescimento de 0,3%, atingindo 0,8338 pontos, mantendo-se como a única vertente com alto grau de desenvolvimento (acima de 0,8 pontos). Já o IFDM Emprego & Renda (0,5932) apresentou estabilidade em relação a 2008, diferente de grande parte dos estados brasileiros que registrou queda na geração de empregos devido à crise econômica mundial. No Mato Grosso do Sul, a criação de vagas formais de trabalho acelerou de 9,9 mil em 2008 para 12,9 mil no ano seguinte, quando o mercado de trabalho da região superou meio milhão de vínculos empregat ícios.

Dos 78 municípios do estado, 28 (35,9%) apresentaram crescimento nas três vertentes investigadas. Melhoraram em Educação 69 cidades (88,5%); 60 (66,7%) em Emprego & Renda e 41 (52,6%) em Saúde. Apenas três municípios (3,8%) fizeram o movimento contrário, apresentando queda nas três áreas analisadas: Corguinho, Coronel Sapucaia e Laguna Carapã.

Além de ser a única cidade do estado a atingir alto grau de desenvolvimento (acima de 0,8 pontos), Campo Grande foi classificada como a quinta capital de maior desenvolvimento do país e também integra o Top 100 Brasileiro na 48ª colocação (era 86ª em 2008). Os municípios de Dourados, Chapadão do Sul e Angélica, que ocupam, respectivamente, a segunda, a terceira e a quarta posição no ranking do estado, se juntaram a Campo Grande na lista dos 500 municípios com melhores índices de desenvolvimento do país. No extremo oposto, os dois piores desempenhos do Mato Grosso do Sul, Japorã e Coronel Sapucaia, são as únicas representantes do estado entre os 500 menores resultados do IFDM Brasil 2009.