Economia
Preço da soja dificulta fechamento de contratos de venda da safra em MS
Segundo a Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), apenas 5% da nova safra foi negociada
Assomasul
02 de Outubro de 2014 - 07:49
Os
agricultores de Mato Grosso do Sul estão com dificuldade para fechar contratos
de venda da safra de soja. O preço ofertado não está nada atrativo. O
trabalho das máquinas é sinal de que um novo ciclo está começando no campo. O
agricultor Enio Pola começou o manejo na área de 317 hectares, em Campo Grande,
onde irá plantar soja.
É nesta época que o produtor busca ofertas nos chamados contratos futuros para
uma possível venda antecipada da produção. O agricultor comercializou 15%
da produção antecipadamente na safra passada. Este ano, a situação é bem
diferente. O plantio deve começar nos próximos dias e o produtor não fechou
nenhum contrato. A estratégia agora é esperar o início da colheita e melhores
preços.
Você fala em R$ 42,00 a R$ 45,00. Eu
não sei bem exatamente quanto está. Mas o preço é ruim. O mínimo deveria ser R$
50,00. Pelo custo de produção da gente, o custo é alto, avalia. Na
fazenda do produtor Amarilso Brusamarello, em Sidrolândia, está tudo pronto
para o início do plantio da soja.
Nos outros anos, em torno de 30% a 40%
estava comercializado. Esse ano, nada ainda, diz.
Segundo a Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul),
apenas 5% da nova safra foi negociada. Nesse mesmo período do ano passado, a
comercialização por meio de contratos futuros chegou a 26% da produção.
A média de setembro deste ano está em torno de R$ 55,00. Nesse mesmo período do
ano passado, a soja foi comercializada a R$ 65,00. Em setembro de 2012, onde
nós tivemos preços bastante atrativos, chegaram a R$ 81,00 a saca.
Então, existe uma expectativa, pelo menos de curto prazo, para esta safra
dificilmente nós teremos preços maiores. Mas ainda assim a estratégia do
produtor que está plantando agora é aguardar e acompanhar melhor esse mercado,
diz Adriana Mascarenhas, gestora técnica da Famasul. Para complicar mais a
situação dos agricultores de Mato Grosso do Sul, 12% da soja da safra passada
permanece estocada nos armazéns.