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Esporte

Gilmar vai procurar técnico holandês para falar sobre futuro da Seleção

Coordenador de seleções vê fase "delicada" do futebol brasileiro e diz que CBF pretende formar monitores para uniformizar estilo da base nos clubes

SporTV

05 de Agosto de 2014 - 07:49

O momento do futebol brasileiro "é delicado". A avaliação é do novo coordenador de seleções da CBF, Gilmar Rinaldi, que admitiu que existe um "pessimismo muito grande" em relação ao futuro da Seleção e que é necessário "buscar ajuda" para uma melhora. Mesmo fora do país.

E um nome que será procurado já está definido: Guus Hiddink, que reassumiu na semana passada o comando da Holanda, após experiências no comando das seleções da Rússia, Coreia do Sul, Austrália, Turquia e da própria Holanda, além de clubes como Real Madrid, Chelsea e PSV.

“O momento é de reorganizar, voltar às origens, de buscar informação, não copiar ninguém, mas aprender o que está sendo feito no exterior e entender que isso pode ser transportado para o nosso futebol, com a diferença da nossa cultura, do nosso estilo. Temos que ter humildade de saber que precisamos buscar conhecimento. O momento é delicado. Perguntei ao Belletti (comentarista) quem seria uma referência mundial e ele me citou um treinador que sem dúvida vamos visitar para conversar: Guus Hiddink. É um treinador muito duro, muito chato, que exige muito. O nosso momento é de resignação, temos que pensar e trabalhar - afirmou Gilmar em entrevista.

Gilmar Rinaldi revelou ter se reunido com Muricy Ramalho dois dias depois de ter assumido o cargo na CBF. E pediu apoio ao treinador do São Paulo para trocar informações e ajudar no contato com outros técnicos.

“O Muricy tem muito a colaborar. Ele me conhece e disse que eu iria enfrentar dificuldade. Eu respondi que sabia que era difícil, mas disse ele tinha que me ajudar. Preciso que os treinadores entendam que precisamos trabalhar em conjunto. A seleção é uma só. Quando existe um resultado coletivo, todo mundo usufrui disso” - disse Gilmar, acrescentando ter conversado também com Marcelo Oliveira, treinador do Cruzeiro, líder do Campeonato Brasileiro.

O dirigente afirmou que uma das medidas planejadas em sua gestão é treinar monitores que possam levar aos clubes um linha de trabalho para os times da base, permitindo uma uniformização de orientação e treinamento dos futuros jogadores profissionais .

“A CBF não forma jogadores na base, mas temos a obrigação e podemos formar monitores, que fiquem à disposição para visitar os clubes e criar um método para que os treinadores dos meninos de 12, 13 anos tenham uma uniformidade. Temos que pensar um futebol parecido. Não precisa ser igual, mas no mínimo parecido. Não podemos jogar um futebol totalmente diferente na categoria sub-15 e na sub-20. O momento é difícil. Temos que juntar os cacos e juntar forças” - afirmou.