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Esporte

Hipismo em MS é mais acessível do que se imagina

Não existe um perfil único de praticantes de equitação, seja ao levar em conta o poder aquisitivo, classe social ou até mesmo idade

Conjuntura Online

06 de Maio de 2011 - 13:43

Encarado a primeira vista como um esporte elitista, praticado por filhos de proprietários rurais ou grandes empresários, o hipismo em Mato Grosso do Sul é uma atividade mais acessível do que se imagina. É o que afirma o Márcio Nina, diretor de relações públicas da FSMH (Federação Sul Mato Grossense de Hipismo).

De acordo com ele, o esporte realmente exige um investimento maior para o caso de participantes que desejam participar de torneios e competições dentro e fora do estado, como a aquisição, tratamento e acompanhamento de um cavalo próprio. No entanto, aqueles que desejam somente praticar o esporte, ter um contato direto com o animal e participar das provas locais não precisam desembolsar muito dinheiro. “No Círculo Militar existe uma frota de cavalos disponíveis para o uso do aluno. A mensalidade fica em torno de R$ 150”.

Não existe um perfil único de praticantes de equitação, seja ao levar em conta o poder aquisitivo, classe social ou até mesmo idade. Na Hípica Soberano, por exemplo, a proprietária Márcia Toloi relata que existem casos de alunos que frequentam as aulas com apenas um ano e meio de idade. “Tudo com acompanhamento de instrutores e profissionais”, ressalta ela. A escola oferece aulas nas modalidades de equitação clássica, três tambores e equoterapia com valores a partir de R$ 90. “Eu digo ‘a partir de’ porque cada caso é um caso. Depende se o aluno quer aula nos finais de semana, em horários especiais... Tudo isso influencia”.

Hipismo em Mato Grosso do Sul

Márcio Nina, da FSMH, calcula que em Mato Grosso do Sul existam em atividade cerca de 12 escolas de equitação – quase metade somente em Campo Grande. “Calculo que hoje 600 pessoas praticam hipismo em todo o estado”, estima ele. O número, no entanto, poderia ser maior, afirma.

Renato Nunes Toniasso é praticante de hipismo em Campo Grande e relembra que seu primeiro contato com as escolas de equitação foi com uma faixa que estava no caminho de sua casa. “A partir daí eu corri atrás de mais informação para saber sobre o esporte. Existe bastante material sobre hipismo, mas concentrado em mídia especializada”. Para ele, grande parte da visão do esporte como algo elitista vem da falta de divulgação entre a população pelos veículos tradicionais.

Na visão do diretor de RP, a falta de visibilidade é uma barreira para o crescimento do esporte que caso tivesse maior incentivo conseguiria gerar como consequência o surgimento de mais campeões disputando provas e torneios e levando o nome do estado para o Brasil inteiro. “Desconheço alguma escola que pratique a concessão de bolsas ou que atue com projetos sociais, principalmente porque o esporte como um todo não recebe apoio de nenhuma entidade, nem pública nem privada”.

Para corrigir a situação, a FSMH está negociando com a Fundesporte (Fundação Estadual do Esporte) um aporte de recurso previsto para o meio do ano. “Já é alguma coisa, mas é uma quantia ainda tímida levando em conta nossas necessidades”. De acordo com ele, o recurso será utilizado para custear a viagem de alguns competidores para torneios fora do Estado e para melhorar a qualidade das provas locais.

Serviço

Federação Sul Mato-Grossense de Hipismo 3331-5237
Hipica Soberano - (67) 9217-3854 / 9261-0322