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Esporte

Por legado, Rafael Carvalho planeja vida longa no Bellator: "Deixar marca"

Campeão dos médios na franquia lembra de desconfiança no início da carreira fora do Brasil e explica receita para manter cinturão: "Arroz e feijão sempre não funciona"

Combate.com

30 de Agosto de 2017 - 13:52

Enquanto no UFC o Brasil vive uma "seca" de cinturões entre os homens, já que Amanda Nunes e Cris Cyborg reinam em suas categorias, no Bellator a história é diferente. E para Rafael Carvalho, um dos quatro campeões brasileiros na organização, o plano é ter vida longa na franquia e deixar seu legado no MMA. 

- Não posso dizer "nunca" (sobre uma possível transferência para o UFC), mas eu quero deixar minha marca, meu legado no Bellator. Quero que, quando as pessoas falarem em MMA, lembrem do meu nome, lembrem do Rafael Carvalho. Respeito a história de todos os grandes lutadores do passado e dos que ainda estão em atividade, mas quero deixar meu legado no esporte. O Bellator foi o evento que abriu as portas pra mim, que me permitiu mostrar meu talento lá fora, então sou muito grato à organização e pretendo ter vida longa aqui - afirmou o peso-médio ao Combate.com. 

No Bellator desde 2014, Rafael Carvalho conquistou o cinturão da divisão até 84kg no ano seguinte, quando nocauteou Brandon Halsey. Em seguida, duas defesas de título contra o experiente Melvin Manhoef, sendo a última vez em abril de 2017. Para o carioca de 31 anos, o sucesso na organização não deixa de ser uma espécie de "cala a boca" nos críticos. 

- É indescritível (ser campeão do Bellator). Você entra meio desacreditado, talvez pela organização, pelos atletas, já que você não tem nome, não é conhecido internacionalmente, e ser campeão da segunda maior organização de MMA do mundo é uma honra muito grande, além de poder representar o Brasil tão bem. As pessoas passam a ter ver com outros olhos e te respeitam mais - disse. 

De acordo com Rafael Carvalho, não existe uma "receita ideal" para chegar ao topo e se manter como campeão. No entanto, há a necessidade de continuar buscando a evolução de seu jogo, independente de que lugar o atleta treine. Segundo o peso-médio, os treinamentos com seu técnico na Evolução Thai, André Dida, lhe permitem evitar uma mudança para os Estados Unidos, como é comum em boa parte dos atletas brasileiros de alto rendimento no MMA.  

- O Brasil continua sendo muito bem representado, mas o MMA está sempre em constante evolução. Permanecer sempre no arroz e feijão, uma hora não vai funcionar mais. O básico funciona, mas esse básico evoluído funciona melhor ainda. Então, acredito que é importante pro jogo procurar evoluir e acrescentar algumas coisas no seu repertório, mostrando eficiência. Na minha última luta, inclusive, eu usei armas que não tinha usado ainda. Acho que falta interesse de alguns treinadores em procurar evoluir. Quando isso acontecer, o Brasil vai voltar a dominar todas as categorias, de todos os grandes eventos de MMA do mundo. Tenho tudo o que preciso aqui na Evolução Thai, mas, claro, sempre a gente precisa evoluir, agregar coisas ao nosso jogo.