Geral
Brigadistas controlam fogo e salvam três tuiuiús no Pantanal
A ação foi durante o combate às chamas que avançavam pela vegetação da região da Área de Proteção Ambiental (APA) Baía Negra.
Correio do Estado
16 de Outubro de 2025 - 07:14

As equipes do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) conseguiram controlar um incêndio e evitar que o fogo atingisse uma árvore com um ninho de tuiuiús, no Pantanal de Mato Grosso do Sul.
A ação foi durante o combate às chamas que avançavam pela vegetação da região da Área de Proteção Ambiental (APA) Baía Negra. Os brigadistas realizaram aceiros para impedir que o fogo chegasse perto do ninho com dois filhotes e uma ave adulta.
A coordenadora substituta do PrevFogo, Thainan Silva Bornato, explica que a área onde está o ninho é monitorada diariamente. Segundo ela, já foi confirmada a presença da mãe e de dois filhotes de tuiuiú no local.
“Fizemos um cerco em torno da árvore para que o fogo não ameace esse local. Eles estão seguros e vamos continuar monitorando para garantir que as chamas não se aproximem”, explicou a coordenadora.
Ela destacou que o fogo já chegou muito perto do ninho e que as equipes seguem atuando para evitar que novos focos avancem. “É uma área muito importante para a reprodução dessas aves”, afirmou.
O monitoramento deve continuar até que a segurança das aves esteja totalmente garantida. Caso haja risco direto, a equipe pretende acionar o resgate dos tuiuiús.
A técnica de aceiro é uma espécie de faixa de limpeza de vegetação construída para impedir o avanço do fogo. Os brigadistas adotaram o método para frear as chamas e proteger o ninho da ave.
Focos de incêndios
Recentemente, os focos de incêndios estiveram abaixo da média histórica (desde 1998) no Pantanal Sul-Mato-Grossense, porém os registros quadruplicaram de agosto para setembro na região. Em conjunto com os outros biomas presentes no Estado, o aumento foi de 23,9% no período analisado. Os dados são do programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Até o momento, foram catalogados 547 focos no Pantanal este ano, o que representa 96% a menos que o mesmo período do ano anterior, quando foram registrados 13.582 focos.
Historicamente, os meses de agosto, setembro e outubro são os piores para o bioma, com médias de 1.587, 2.116 e 1.187 focos, respectivamente. Essa alta é motivada pela temperatura elevada e os ventos fortes em Mato Grosso do Sul que antecedem a chegada do verão




