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Geral

Mercado pecuário de MS tem preços estáveis na arroba do boi e vaca gorda

SP, MT, MS e GO mantiveram o valor da arroba do Boi China.

Folha de Campo Grande

11 de Agosto de 2025 - 14:39

Mercado pecuário de MS tem preços estáveis na arroba do boi e vaca gorda

Em Campo Grande a cotação da arroba do boi gordo está avaliada em R$306,50 à vista e R$310,00 com prazo de 30 dias (manteve o valor). Já a vaca gorda está com a arroba cotada em R$282,00 a vista e a prazo R$285,00 (manteve o valor).

Em  Dourados a cotação da arroba do boi gordo está avaliada em R$306,50 à vista e R$310,00 com prazo de 30 dias ( manteve o valor). A vaca gorda está com a arroba cotada em R$282,00 a vista e a prazo R$285,00 (manteve o valor).

Em  Três Lagoas a cotação da arroba do boi gordo está avaliada em R$301,50 à vista e R$305,00 com prazo de 30 dias (manteve o valor).  Já  a arroba da vaca gorda em Três Lagoas está  cotada em R$277,00 a vista e a prazo R$280,00 (manteve o valor).

Os estados de  SP, MT, MS e GO mantiveram o valor da arroba do Boi China. Já os estados de Minas Gerais e Paraná  tiveram aumento no preço da arroba do Boi China.

São Paulo – R$312,00 ( manteve o valor )

Minas Gerais – R$295,00 (aumentou R$2,00)

Mato Grosso – R$305,00 (manteve o valor)

Mato Grosso do Sul – R$312,00 ( manteve o valor)

Goiás – R$285,00 (manteve o valor)

Paraná – R$307,00 (aumentou R$2,00)

No Rastro da Pecuária veio a Campo Grande
Encontro da Scot Consultoria fez parada em Campo Grande no último sábado (09/08) para um dia de troca, aprendizado e conexões que movem o setor da pecuária de corte.

A Scot Consultoria segue seu trajeto pelo Brasil com o No Rastro da Pecuária, iniciativa que nasceu da vivência da equipe técnica do Confina Brasil nas visitas a campo e que tem como proposta aproximar ainda mais a informação estratégica de quem está no dia a dia da produção.

Depois da primeira parada em Goiânia-GO, foi a vez de Campo Grande-MS receber o encontro, que reuniu produtores e profissionais do setor de mais de 15 cidades do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. O público acompanhou uma manhã de conteúdo técnico, relacionamento e troca de experiências, com palestras que trataram de mercado, estratégias de produção, proteção de preços, nutrição, sanidade e bem-estar animal.

Palestras e destaques da edição
A abertura contou com a apresentação do projeto No Rastro da Pecuária e das empresas que apoiam a iniciativa. Na sequência, o analista Pedro Gonçalves, da Scot Consultoria, abriu a manhã de conteúdo com uma leitura do mercado do boi gordo. Ele destacou que, “mesmo com a turbulência gerada pelas tarifas do mercado norte-americano e a guerra comercial, os fundamentos do mercado do boi gordo devem prevalecer, apontando o cenário de cotação em alta para o segundo semestre”. A análise reforçou a importância de decisões baseadas em dados concretos, em vez de reações momentâneas a ruídos de mercado.

Representando a FS Bioenergia, Victor Vidal trouxe um olhar de integração entre o setor de etanol de milho e a pecuária de corte. Ao questionar “O mercado está preparado para absorver 12 milhões de toneladas de coprodutos de milho?”, Vidal ressaltou que há uma perspectiva de crescimento de 50% do volume do insumo nos próximos cinco anos, criando oportunidades para confinamentos e sistemas intensivos. A apresentação reforçou o potencial do DDG como alternativa viável e estratégica para nutrição, com impacto direto na eficiência e na redução de custos.

O primeiro bloco foi finalizado com a palestra de Ingo Mello, da Ourofino, que tratou de como transformar o estresse em resultado na pecuária. Com base em conceitos fisiológicos, explicou como funciona o bloqueio de respostas ao estresse. “Hidratação, consumo e ruminação garantem melhor eficiência biológica”, reforçou, fazendo a analogia de que um animal em seu estado tranquilo e cumprindo plenamente sua fisiologia rende mais. Ingo também ressaltou que manejo adequado, bem-estar animal e atenção aos indicadores de desempenho são fatores decisivos para elevar o ganho de carcaça (GDC) e, consequentemente, a rentabilidade.

Após o intervalo, o segundo bloco teve início com Frederico Nadaf, da Nadak Consultoria, que posicionou a entressafra como um dos maiores desafios previsíveis do segundo semestre para a pecuária. Nadaf destacou dados que mostram que muitas fazendas enfrentam prejuízos nesse período, um cenário que não deve ser encarado como “normal”. “A entressafra não é um imprevisto e se preparar para ela é essencial. Imagine se uma fábrica, restaurante ou posto de gasolina aceitasse com naturalidade ter prejuízo em quase metade do ano?”, provocou o palestrante. Ele defendeu que o primeiro passo é tomar decisões estratégicas, depois pensar no tático e, por último, no operacional, construindo um plano para minimizar impactos e manter a sustentabilidade financeira.

Na sequência, Jean Prado, da Pacifil, abordou a importância da conservação e armazenamento corretos de insumos. Com a frase “Você investe no melhor para o rebanho, no plantio, na nutrição…, mas um descuido no armazenamento pode comprometer todo esse trabalho”, alertou sobre o risco de perdas por falhas simples de manejo. Prado apresentou diferentes soluções em coberturas e equipamentos para silagem, destacando o silo bolsa como ferramenta de alta flexibilidade, capaz de melhorar a conservação, permitir compras estratégicas e otimizar custos dentro da operação.

Encerrando a parte técnica, José Arnaldo Favaretto, da 3M Agropecuária, apresentou o tema “Agir na urgência, decidir na incerteza”. Com uma linguagem prática e conectada ao dia a dia do produtor, ele afirmou: “Operações de hedge não prevêem o futuro, mas podem ajudar você a se proteger dele”. Favaretto traduziu a complexidade das operações de mercado futuro em ações aplicáveis, mostrando como ferramentas de proteção de preços podem reduzir riscos e preservar margens mesmo diante da volatilidade do mercado. E completou: “Tendo em mãos os custos de produção apurados criteriosamente, use as ferramentas de gestão de risco disponíveis para garantir suas margens!”.

Conexão e relacionamento
O evento foi marcado pela participação ativa do público, tanto durante as palestras quanto nos momentos de debate. Produtores e técnicos aproveitaram o espaço para tirar dúvidas, trocar experiências e discutir soluções aplicáveis às suas realidades.