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Geral

Ministro da Defesa dará explicações na Capital sobre segurança na fronteira

Raul Jugman participa amanhã de sessão na Assembleia Legislativa.

Correio do Estado

07 de Dezembro de 2016 - 14:39

Ministro da Defesa, Raul Jungmann​, participa amanhã, às 9h30, de sessão ordinária na Assembleia Legislativa, ocasião em que responderá a questionamentos sobre segurança na fronteira e a responsabilidade da União com relação ao assunto.

Atualmente, Mato Grosso do Sul gasta R$ 128 milhões por ano com os 6.282 presos por tráficos de drogas, no entanto, este recurso deveria ser arcado pelo Governo Federal por conta da natureza do crime. Este será um dos temas discutidos com o ministro da Defesa.

Conforme dados da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sejusp), por mês, Mato Grosso do Sul gasta R$ 1,7 mil por interno do sistema prisional. Enquanto isso, União repassa todos os meses, R$ 3,9 mil por interno do Presídio Federal.

“Esse valor não é repassado aos presos estaduais por tráfico de drogas e sobrecarrega o sistema carcerário. Se tivéssemos esses 6 mil presos a menos no sistema estadual estaríamos funcionando de forma decente. Temos polícias altamente especializadas e eficazes, faltam recursos para investir. Ainda tivemos que ceder homens à Força Nacional, que custam mais de R$ 350 mil a Mato Grosso do Sul”, explicou o secretário de Segurança, José Carlos Barbosinha, em audiência pública realizada na Assembleia no último dia 2.

São 1.517 quilômetros de fronteira seca em MS, com 12 municípios fronteiriços, sendo sete cidades gêmeas. “Quando entendemos que quase 50% dos ocupantes do sistema prisional do Estado são por crimes transnacionais, reconhecemos o abandono das fronteiras pela União. Estamos enxugando gelo”, lamentou o secretário.

Inspetor Luiz Alexandre Gomes da Silva, da Polícia Rodoviária Federal (PRF), disse que em MS há defasagem de quase 50% de efetivo, se comparado com o contingente de outros estados, o que prejudica atuação policial.

Secretário nacional de Segurança Pública, Celso Perioli, afirmou que ainda em dezembro será instalado em Campo Grande, núcleo de inteligência integrado para combater crimes de fronteira. Equipe de trabalho ficará em mansão que era utilizada pelo tráfico de drogas e foi confiscada pela Justiça.

Documento de três páginas chamado Carta de Campo Grande foi encaminhado a todos os entes públicos envolvidos na segurança pública das fronteiras, em âmbito municipal, estadual e federal, com propostas de ações para combate as problemas discutidos em audiência.