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Paciente com rim necrosado aguarda em desespero cirurgia de rim: 'quero viver'

Magali dos Santos vem lutando há um ano com a doença e já passou meses em coma.

Top Mídia News

21 de Outubro de 2025 - 14:10

Paciente com rim necrosado aguarda em desespero cirurgia de rim: 'quero viver'
A paciente está lutando pela vida / Arquivo Pessoal

Magali dos Santos Borges, moradora de Campo Grande, vive um drama comovente e luta pela própria vida enquanto aguarda uma cirurgia que o Sistema Único de Saúde (SUS) não tem conseguido realizar.

Após enfrentar uma infecção generalizada e ficar dez dias em coma, ela tentando fazer a cirurgia de forma particular, para retirada de um rim necrosado, uma nefrectomia total que precisa ser feita com urgência para evitar uma nova sepse (infecção generalizada).

Ela contou para o TopMídiaNews que sua batalha começou em agosto do ano passado, enquanto Magali ainda morava em São Gabriel do Oeste.

Ela começou a emagrecer rapidamente e a apresentar dores intensas na região do rim. Mesmo após diversas consultas, os médicos não conseguiam descobrir a causa do problema e a paciente decidiu retornar a Campo Grande, onde nasceu, em busca de um diagnóstico mais preciso.

Após vários exames, os médicos identificaram um cálculo renal de 8,5 centímetros no rim esquerdo. O cálculo acabou provocando uma infecção grave que levou à falência total do órgão. Em março deste ano, seu quadro se agravou drasticamente, sendo que ao chegar a uma unidade de pronto atendimento com pressão zerada, Magali precisou ser intubada imediatamente.

A mulher passou dez dias em coma e chegou a ser desenganada pelos médicos, mas sobreviveu. Desde então, sua vida mudou completamente. O rim esquerdo deixou de funcionar, e o direito, que continua saudável, assumiu sozinho a função vital. No entanto, o órgão comprometido continua causando infecções recorrentes, o que coloca sua vida em risco constante.

Dificuldades no atendimento e situação atual

Atualmente, Magali é acompanhada pela Santa Casa de Campo Grande, onde seu urologista indicou a necessidade imediata da nefrectomia. Porém, devido à greve dos funcionários e à falta de vagas, o hospital a dispensou, deixando-a à disposição do CISREG (sistema de regulação de vagas do SUS). Desde então, ela tenta sem sucesso conseguir uma nova internação.

Sem condições financeiras para custear a cirurgia, Magali recorreu à Defensoria Pública, mas o processo se arrasta por conta da burocracia e da exigência de orçamentos hospitalares. “Eu sinto muita dor todos os dias e tenho medo de ter outra sepse. Os médicos dizem que, se isso acontecer, eu posso não resistir”, desabafa.

Além das complicações renais, ela ainda sofre com sequelas neurológicas do período em coma, ficando cinco meses em cadeira de rodas e hoje caminhando com o auxílio de muletas. Mesmo assim, segue firme na luta por tratamento e faz questão de buscar ajuda sozinha. “Sou eu que corro atrás de tudo. Eu quero viver, eu não quero morrer”, afirma emocionada.

Vaquinha e pedido de ajuda

Diante da urgência e da falta de resposta do sistema público, Magali decidiu criar uma vaquinha online para custear a cirurgia. O valor inicial de R$ 30 mil foi reduzido para R$ 25 mil, na esperança de conseguir atingir a meta e realizar o procedimento em caráter particular. Porém, até o momento, ela arrecadou pouco mais de R$ 1.100.

A cirurgia é indispensável, já que o rim esquerdo precisa ser removido para impedir novas infecções e evitar que o quadro evolua para uma nova sepse.

“Se eu conseguir R$ 20 mil, já fico feliz. Só quero poder operar e continuar vivendo. Eu emagreci 40 quilos, continuo muito fraca, mas quero lutar pela minha vida”, conta Magali.

Quem desejar contribuir pode fazer doações por meio da vaquinha online (clicando aqui) ou do Pix direto para Magali através da chave: [email protected].