Quaest: 49% acham pena de 27 anos a Bolsonaro exagerada; 35%, adequada

Segundo um levantamento do instituto Genial/Quaest divulgado nesta quarta-feira (17), 49% dos brasileiros consideram a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a 27 anos e 3 meses de prisão exagerada.

Em contrapartida, são 35% os que acreditam que a pena é adequada. Para 12%, o tempo de detenção é insuficiente. Outros 4% não souberam responder.

A Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) condenou o ex-presidente na última quinta-feira (11), por participação em uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

A pesquisa também questionou a opinião dos entrevistados sobre outras medidas impostas ao ex-presidente. A determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF, para que Bolsonaro utilizasse a tornozeleira eletrônica é considerada adequada para 48%.

Por outro lado, 35% acreditam que a decisão do magistrado foi exagerada. São 13% os que acham a medida insuficiente e outros 4% não souberam responder. Na ocasião da prisão domiciliar, exigida após o descumprimento de medidas cautelares por parte de Bolsonaro, é defendida como adequada por 51% dos brasileiros.

Para 28%, a determinação é exagerada, enquanto para 16%, é insuficiente. Outros 5% não souberam responder.

Por fim, o levantamento ainda avaliou a condenação do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) de tornar o ex-presidente inelegível por oito anos, realizada em 2023.

São 47% que julgam a medida adequada, 35% a consideram exagerada, 12% analisam como insuficiente e 6% não souberam responder.

Foram entrevistadas 2.004 pessoas em todo o país, entre os dias 12 e 14 de setembro. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.