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Mato Grosso do Sul

Mais de 250 pessoas esperam por transplantes de órgãos

Dados constam na lista de espera por transplantes de órgãos do Ministério da Saúde.

Midiamax

03 de Setembro de 2025 - 14:48

Mais de 250 pessoas esperam por transplantes de órgãos
Setembro é mês de conscientização da doação de órgãos. Foto: Reprodução Humap

Dados do Ministério da Saúde, atualizados nesta quarta-feira (3), mostram que mais de 47 mil pessoas estão na fila de espera por transplantes de órgãos no Brasil. Em Mato Grosso do Sul, a lista de espera conta com 253 pacientes.

O transplante mais aguardado é o de rim, com 239 pessoas na fila. Além disso, há 11 pacientes esperando por um transplante de fígado e três aguardando por um coração compatível. A lista de espera mostra que, dos 253 pacientes em Mato Grosso do Sul, 143 são homens, a maioria na faixa etária de 50 a 64 anos. Entre as 110 mulheres que aguardam transplantes no estado, a maioria também está na mesma faixa etária, de 50 a 64 anos.

A fim de incentivar a doação de órgãos em Campo Grande, em 2018 foi sancionada a Lei 6.102/2018, que instituiu o ‘Setembro Verde‘. Sendo assim, o mês é dedica às campanhas de conscientização.

Processo de Doação

O enfermeiro Guilherme Fernandes, coordenador da Cihdott (Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante) do Humap-UFMS (Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), destaca que o processo de doação envolve várias etapas.

Em primeiro lugar, é fundamental que a pessoa manifeste, em vida, o desejo de doar seus órgãos. Após isso, há outros requisitos: a constatação de morte encefálica para a doação de órgãos e a parada cardiorrespiratória, que é exigida apenas para a doação de tecidos, córneas, vasos sanguíneos, pele, ossos e tendões.

O processo envolve a comissão responsável, que atua junto à família; a realização de exames de compatibilidade e para detecção de doenças; a retirada do órgão; o transporte e, por fim, a realização da cirurgia de transplante.

“A Cihdott desempenha um papel essencial, tanto na identificação de potenciais doadores quanto no apoio à família durante a internação, esclarecendo dúvidas e oferecendo suporte”, explica o enfermeiro.

Doações

É importante ressaltar que a maior parte das doações ocorre após a morte do doador, sendo necessária a autorização da família, que deve respeitar a vontade do ente querido. Por isso, é fundamental que a pessoa informe seus familiares sobre a decisão de ser um doador.

Além das doações pós-morte, também existem os transplantes entre vivos, como o de um dos rins (o doador falecido fornece os dois), parte do fígado, parte da medula óssea ou parte dos pulmões. Em todos esses casos, é necessária a compatibilidade sanguínea, além de exames para identificar o doador com maior chance de sucesso.

Para mais informações sobre a lista de transplantes, consulte os dados no site do Ministério da Saúde.