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Mato Grosso do Sul

Moradores de MS estão entre os 4 maiores produtores de lixo do Brasil

Estudo identificou que habitantes do Estado produzem 336 kg de resíduos.

Correio do Estado

21 de Outubro de 2025 - 10:09

Moradores de MS estão entre os 4 maiores produtores de lixo do Brasil
A média é que cada morador de MS produz 336 quilos por habitante de resíduos sólidos urbanos por ano - Paulo Ribas

Mato Grosso do Sul está bem longe de ser um estado populoso e com seus 2,7 milhões de habitantes ocupa a 21ª posição no País em número de moradores, atrás de Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas e na frente de Roraima, Amapá, Acre, Rondônia e Tocantins.

Mas a população sul-mato-grossense consegue superar todas essas unidades federativas quando o assunto é produzir lixo, ocupando a quarta posição em um ranking nacional.

A média é que cada morador do Estado produz 336 quilos por habitante de resíduos sólidos urbanos por ano. Isso representa uma média de 926,3 milhões de kg de lixo gerados anualmente, algo que precisaria de 92,6 mil caminhões de lixo para transportar a aterros sanitários ou lixões.

Essa análise sobre a produção de resíduos foi elaborada pelo Instituto Clima e Sociedade (iCS) e Centro Brasil no Clima, no Anuário Estadual de Mudanças Climáticas, para orientar governos estaduais, federal e instituições internacionais sobre políticas públicas e investimentos.

O documento foi divulgado neste ano, quando acontece a COP30 em Belém (PA), para tentar contribuir em alterações que possam auxiliar o País a reduzir impactos das mudanças climáticas.

“Apenas oito estados foram destacados pelo Sistema Nacional de Gestão dos Resíduos Sólidos [Snir] [2021] por fazerem algum tipo de tratamento de seus resíduos [compostagem, incineração, reciclagem ou recuperação energética]: São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Paraná, Minas Gerais, Espírito Santo e Distrito Federal”, analisou os pesquisadores do anuário.

Conforme Fernanda Fortes Westin, Beatriz Oliveira de Araújo e João Cláudio Rocha Baeta Leal, autores do estudo, o Plano Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) preconizou o fortalecimento da fiscalização e do monitoramento das práticas de gestão de resíduos, bem como no investimento em infraestrutura adequada para a coleta, transporte, tratamento e disposição final dos resíduos sólidos.

“São medidas adicionais que podem ajudar a reduzir os impactos ambientais e promover um desenvolvimento mais sustentável”, observou o anuário, em conjunto com avaliação feita pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama).