Policial
Depoimentos mudam rumo do caso de bebê vendido
Segundo a Polícia Civil, a mãe não teria vendido a criança. Dinheiro que mãe recebeu seria uma ajuda, já que não poderia trabalhar.
G1
08 de Dezembro de 2011 - 09:00
Após depoimentos prestados à polícia nesta quarta-feira (7), o caso do bebê que teria sido vendido pela mãe em Campo Grande tomou um outro rumo. Segundo a delegada Regina Márcia Rodrigues, da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), a mãe não teria vendido a criança por R$ 500 e as suspeitas de terem comprado o recém-nascido, na verdade, o acolheram. O dinheiro, seria uma espécie de ajuda para a mãe, que não poderia trabalhar.
A investigação do caso começou na noite desta terça-feira (6), quando a mãe procurou a polícia e registrou um boletim de ocorrência alegando que o bebê tinha sido roubado no hospital onde ela teve a criança, depois de manifestar a intenção de entregá-lo para adoção. Durante a investigação a polícia chegou a suspeitar que a mãe tivesse vendido o filho e depois tivesse se arrependido, registrando o caso para tentar reaver a criança.
A delegada diz que após o depoimento de uma sobrinha e uma prima da mãe, e, ainda de uma outra mulher que seria amiga das duas, a investigação do caso tomou um outro sentido. As três mulheres, conforme a polícia, disseram que a mãe saiu do hospital com a criança e depois a entregou para que ela fosse adotada. Como não queria que o bebê ficasse com uma parente, a mãe, de acordo com os depoimentos, teria voltado atrás e procurado a polícia para recuperá-lo.
Regina Márcia comenta que as três mulheres disseram que os R$ 500 não foram dados a mãe como pagamento, mas sim como uma ajuda, já que nos dias em que ela estaria se recuperando do parto não poderia trabalhar.
A mãe do bebê prestou um novo depoimento nesta quarta-feira. Procurada pelo G1 ela não quis falar sobre o caso. O bebê foi entregue nesta manhã na Depca, pela prima da mãe, que disse que ficou com ele para protegê-lo. A criança foi encaminhada para um abrigo e depois para a casa de um familiar. A delegada diz que tem 30 dias para concluir a investigação.




