Policial
Estupro de menina alcoolizada causa polêmica nos EUA
Nas trocas de mensagens sobre o caso, muitas delas dos próprios colegas dos adolescentes, as palavras "estupro" e "garota bêbada" foram usadas com frequência
Terra
13 de Março de 2013 - 10:36
Dois estudantes dos Estados Unidos, estrelas de uma equipe de futebol americano de uma escola em Ohio, começam nesta quarta-feira a ser julgados pela acusação de estuprar uma colega de classe em uma festa, num caso que ganhou notoriedade nas mídias sociais e causou polêmica no país.
Os estudantes, que tinham 16 anos na época do incidente, em agosto do ano passado, são acusados de estuprar a garota quando ela estava extremamente alcoolizada, incapaz de resistir ou de se comunicar.
A adolescente foi à polícia após ouvir relatos de amigos no dia seguinte, mas disse não se lembrar do incidente. Os advogados dos dois rapazes dizem que eles são inocentes.
O caso, que aconteceu na pequena cidade de Steubenville, de apenas 18 mil habitantes, ganhou notoriedade nos Estados Unidos por conta da repercussão em redes sociais na internet.
Horas após o incidente, mensagens, vídeos e fotos - incluindo imagens da suposta vítima descritas como comprometedoras e explícitas - foram postadas na internet e distribuídas.
Uma imagem postada no Twitter mostrava duas pessoas carregando uma menina desmaiada pelas mãos e pelos pés. Outro colega postou um vídeo no qual caçoava do suposto estupro.
Nas trocas de mensagens sobre o caso, muitas delas dos próprios colegas dos adolescentes, as palavras "estupro" e "garota bêbada" foram usadas com frequência. Algumas delas sugeriam que os suspeitos urinaram sobre a menina inconsciente.
Foto de menor nua
Os dois estudantes foram presos no dia 22 de agosto, 11 dias depois da festa. Eles foram indiciados por estupro e sequestro, por conta da acusação de levar a adolescente inconsciente a várias festas durante aquela noite. Um deles também foi indiciado por divulgação de foto da menor nua. A acusação de sequestro foi depois retirada, e os dois foram mantidos em prisão domiciliar desde então, aguardando o julgamento, que acontecerá em uma corte juvenil.
Um exame de corpo delito feito pela vítima mais de um dia após o incidente não conseguiu coletar provas, como sêmen, que pudessem ser usadas para confirmar o estupro, segundo a polícia. Investigadores também vêm tentando, muitas vezes sem sucesso, recuperar mensagens e fotos de telefones e iPads confiscados pelas autoridades.




