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Policial

Ex-cunhado de Marielly muda estratégia e nega envolvimento em aborto

Caí de paraquedas na situação e não tive envolvimento com nada”, afirmou o jovem

Flávio Paes/Marcos Tomé

06 de Dezembro de 2011 - 10:39

Hugleice da Silva, ex-cunhado de Marielly Barbosa Rodrigues e acusado de envolvimento no aborto mal sucedido que terminou na morte da jovem este ano em Sidrolândia, pelo visto mudou sua estratégia de defesa.  Passou a negar todo e qualquer envolvimento com a jovem. Em entrevista a repórter Danielly Escher, da TV MS Record, Hugleice desmentiu que tenha tido um relacionamento com a jovem e também no aborto. Alegou ainda que foi forçado, fisicamente e mentalmente, a confessar o crime.

“Caí de paraquedas na situação e não tive envolvimento com nada”, afirmou o jovem após sair da audiência sobre o caso na tarde desta segunda-feira (5). Hugleice também afirmou que foi forçado a confessar o crime e que há provas de que tenha cometido qualquer crime.

Hugleice dá a entender que estava protegendo uma pessoa, que não quis revelar quem era, e que decidiu revelar a verdade após sua família passar a ser prejudicada. No entanto, ele não afirma quem seria a pessoa que estaria protegendo. “Vocês vão entender isso no meio do processo”, disse.

Quando perguntando qual a relação que mantém com a família de Marielly, ele disse que a convivência com se restringe as visitas do filho que tem com Mayara, irmã da vítima. “A minha relação com eles é com meu filho, só tenho contato com eles por conta do meu filho”.

Hugleice afirmou ainda que a linha de defesa dele agora é reconhecer que não tinha nenhum tipo de relacionamento com a jovem e pediu para que a população acompanhe o desenrolar do julgamento “Espero que as pessoas acompanhem, não me julguem, vão saber a verdade no meio do processo”, encerrou.

Caso Marielly

Marielly Barbosa Rodrigues desapareceu no dia 21 de maio, entre 16h30 e 17h. O corpo da jovem foi encontrado em um canavial de Sidrolândia no dia 11 de junho, após mais de 20 dias do desaparecimento em Campo Grande. O corpo que já estava em estado de decomposição, foi identificado a partir das digitais da vitima.

Durante as investigações, a família de Marielly, encontrou um exame de gravidez no guarda-roupa do quarto da jovem e houve a suspeita então de que a morte dela teria acontecido em decorrência de um aborto mal sucedido. Através de uma denúncia anônima, a Polícia Civil chegou até o técnico de enfermagem, Jodimar Ximenes Gomes e também passou a suspeitar do cunhado da jovem, Hugleice da Silva, que teria envolvimento no desaparecimento de Marielly.

Conforme as investigações, Hugleice teria levado a jovem para praticar o aborto em Sidrolândia, na casa de Jodimar, que seria conhecido no município por 'fazer abortos'. Jodimar é técnico em enfermagem e trabalhava em um salão de beleza.