Policial
Ex-presidiário nega plano de matar juiz mas confessa "negócios" com droga e arma
Investigação aponta que o ex-presidiário vendia drogas em Itaporã e para indígenas
Dourados Agora
27 de Abril de 2012 - 09:15
Luciano Akira do Amaral, de 35, também conhecido como 'Bodao', preso na manhã de ontem acusado de vender droga e supostamente tramar a morte de um juiz de Itaporã negou qualquer intenção de matar o magistrado.
Segundo noticiado ontem, ele foi preso no sítio dele, entre Dourados e Itaporã, na região conhecida como Bandeirantes. A atual esposa do acusado, Adailsa Menani, 23, prima da primeira mulher, também foi autuada por associação ao tráfico.
Segundo o delegado Winston Ramão Albres Garcia, que coordenou toda a operação, o casal vinha sendo investigado depois de denúncias de que Luciano vendia drogas na região de Itaporã, inclusive para indígenas nas aldeias Bororó e Jaguapiru. Apesar da negativa do acusado em depoimento após a prisão de ontem, ele é apontado como um dos fornecedores de drogas para indígenas.
Em 2009, Luciano já havia sido preso e condenado por tráfico de drogas. Agora, conforme o delegado, ele volta ao presidio pelo mesmo crime e com o agravante do esquema para matar um juiz.
Com a informação de que a casa do acusado era ponto de drogas e no decorrer da investigação a descoberta da suposta trama para matar um juiz de Itaporã, o delegado fez o pedido de mandato de busca e apreensão e enviou um relatório ao juiz da comarca de Itaporã Adriano de Rosa Bastos explicando os motivos que foi expedido.
Com o mandato em mãos, a Polícia civil, com apoio de policiais militares de Itaporã e serviço reservado P2 de Dourados, foram até a casa do acusado para cumprirem o mandado de busca e apreensão.
Na casa, a polícia apreendeu um quilo de cocaína, 150 gramas de maconha, várias trouxinhas da droga embalada para venda, uma balança de precisão, usada para pesagem da droga, pistola de calibre nove milímetros, munições de calibre 22, um revolver calibre 22, duas TVs, uma de 32 outra de 40 polegadas, uma maquina fotográfica digital e uma filmadora.
Depois de ficar preso pelo mesmo crime de tráfico por sete anos, cumprir parte da pena e aguardar recurso, ontem ele foi novamente autuado em flagrante, acusado de tráfico e porte de arma de fogo de uso restrito com o agravante do plano de matar um juiz. No interrogatório, o acusado negou o plano e também de ser fornecedor de drogas a indígenas.
Luciano disse ao delegado em depoimento que comprou a cocaína e a pistola no Paraguai há uma semana, onde pagou R$ 7 mil pela droga e R$ 1 mil pela arma. Ele negou que tivesse intenção de mandar matar o juiz de Itaporã. Ainda em 2009, Luciano também foi preso e autuado em flagrante no dia 2 de maio quando manteve refém o filho, na época com um ano de idade, em cárcere privado no banheiro da casa da ex-mulher.
A Policia Civil dá continuidade na investigação ao suposto plano que teria como alvo um juiz que condenou Luciano por tráfico de drogas.




