Policial
Gaeco apreende R$ 7 mil e celular na casa de um dos empresários alvos da Operação Tromper
A 3M já recebeu neste ano pelos serviços que prestou R$ 169.148,18, enquanto ano passado, o faturamento foi de R$ 142.812,02.
Campo Grande News
18 de Maio de 2023 - 13:47
Na casa de Milton Matheus Paiva Matos, de 23 anos, proprietário da empresa 3M produtos e serviços, um dos alvos da operação, foram apreendidos R$ 7 mil em espécie e celulares na Operação Tromper deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) nesta manhã.
A 3M já recebeu neste ano pelos serviços que prestou R$ 169.148,18, enquanto ano passado, o faturamento foi de R$ 142.812,02. A ação investiga esquema de corrupção envolvendo fraude em licitação e sonegação fiscal em Sidrolândia.
Segundo o Gaeco, foi apurada a existência de esquema de corrupção na prefeitura, em funcionamento desde 2017.
A 3M funciona no mesmo prédio que a empresa Rocamora, outra prestadora de serviços da administração municipal, também alvo da operação. Indagado, Milton Matheus disse que a polícia está investigando algo que aconteceu na administração passada, quando a empresa ainda não existia.
Segundo ele, a prestadora de serviço foi aberta no ano passado. Na 3M, foram apreendidos notebook e papéis. “Diz que é um mandado de busca e apreensão em segredo de Justiça, ainda não tivemos acesso aos autos para falar sobre qual contrato se trata a investigação”, disse Milton Matheus acompanhado pelo advogado.
No total, são cumpridos 16 mandados de busca e apreensão. Todos os alvos serão ouvidos no MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), no município, ainda nesta quinta-feira.
Segundo o Gaeco, foi apurada a existência de esquema de corrupção na prefeitura, em funcionamento desde 2017, destinado à obtenção de vantagens ilícitas por meio da prática de crimes de peculato, falsidade ideológica e fraude às licitações, associação criminosa e sonegação fiscal.
Conforme a investigação, para dar ares de legitimidade aos certames licitatórios e fazer o desvio dos recursos públicos reservados para a execução dos contratos. O grupo criminoso abria empresas ou se aproveitava da existência de cadastramentos para incrementar o objeto social sem que o estabelecimento comercial apresentasse experiência, estrutura ou capacidade técnica para execução do serviço contratado ou fornecimento do material adquirido pelo município.
Segundo apurado pela reportagem, os policiais estão cumprindo mandados de busca e apreensão na casa de ex-servidores da prefeitura. Também há equipe policial em duas empresas, prestadoras de serviços e numa garagem de veículos.