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Policial

Gaeco detona esquema milionário de extorsão contra consórcio do lixo na Capital

Pela investigação do Gaeco, Verrone cobrou R$ 5 milhões dos donos da Solurb e, em troca, garantiu que ia parar de produzir ações judiciais contra a empresa

Correio do Estado

17 de Novembro de 2014 - 08:05

Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado, o Gaeco, braço forte do Ministério Público de Mato Grosso do Sul, desbancou um suposto esquema milionário de extorsão contra o consórcio Solurb, empresa que coleta lixo, em Campo Grande. A investigação respingou no ex-secretário municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação (Seintrha), Semy Ferraz, que pediu exoneração do cargo, em agosto passado, 17 dias depois de prestar, na condição de testemunha, depoimento ao Gaeco.

Embora as suspeitas recaiam sobre o ex-secretário, um advogado, um dono de empresa que mexe com materiais recicláveis, o Gaeco denunciou até agora apenas uma pessoa. Trata-se de Thiago Verrone de Souza, dono de duas empresas que seriam de consultoria na área ambiental. Justo ele foi quem mais moveu ações judiciais contra a licitação que escolheu o consórcio Solurb como a empresa coletora de lixo na cidade.

Pela investigação do Gaeco, Verrone cobrou R$ 5 milhões dos donos da Solurb e, em troca, garantiu que ia parar de produzir ações judiciais contra a empresa. O histórico da extorsão começou no início de julho passado e o Gaeco investigou o caso a partir da denúncia da empresa Solurb. Verrone, por meio de Semy Ferraz, ainda no comando da Seintra, teria, segundo a denúncia do Gaeco, intermediado os diálogos entre o denunciado e a vítima, no caso o superintendente da Solurb, Élcio Terra.

Foram investigados por suposta participação no esquema, além de Semy e Verrone, que completa hoje 33 anos de idade, o advogado Erick Martins Baptista, que atua como defensor de Verrone nas ações contra a Solurb, o empresário de recicláveis, Ricardo Luiz Duarte Ferreira e Thiago Verrone, que completa hoje 33 anos de idade. Tirando Verrone, já réu por extorsão e quadrilha, no processo que corre na na 1ª Vara Criminal, todos já foram ouvidos, como testemunhas, no Gaeco e negaram participação na trama.