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Policial

Homem encontrado morto em lago havia relatado ameaças após compra de terras

Mulher acredita que a morte de José Cloves foi encomendada; polícia investiga o caso.

Top Mídia News

07 de Outubro de 2025 - 14:00

Homem encontrado morto em lago havia relatado ameaças após compra de terras
Foto: Reprodução/Portal Água Clara

Foi identificado como José Cloves, de 51 anos, o homem encontrado morto no sábado (4) em um lago próximo ao distrito de São Domingos, na cidade de Água Clara – a 189 quilômetros de Campo Grande. José foi encontrado por pescadores da região, com as mãos amarradas e um saco na cabeça.

Segundo informações do Portal Água Clara, familiares relataram que José Cloves trabalhava em uma fazenda e vinha recebendo ameaças após comprar terras na região.

José estava separado, mas se reconciliava com a companheira, mãe de seus filhos, que mora no Rio de Janeiro. Em entrevista ao portal, a mulher contou que ele planejava se mudar para viver novamente com ela e os filhos. No entanto, ele a alertou sobre as ameaças que vinha sofrendo. "Eu vou, mas vocês podem não me ver mais. Se eu não chegar aí, eu sumi", teria escrito em uma mensagem pelo WhatsApp.

Inicialmente, a mulher pensou se tratar de uma brincadeira, mas passou a se preocupar com o comportamento de José, que demonstrava medo e evitava dormir, passando as madrugadas conversando.

Ela afirmou ter certeza de que a morte foi encomendada. Disse ainda que ele guardava uma quantia significativa de dinheiro em casa — valor que desapareceu após o crime. Na quarta-feira (1º), a mulher enviou uma mensagem para José, que foi visualizada, mas não respondida.

“Quem foi roubá-lo conhecia muito bem ele. Eu creio que fizeram ele entregar o dinheiro, fecharam a porta da casa, porque não houve arrombamento, em seguida espancaram José até a morte e o jogaram naquele lago”, afirmou a mulher.

Ela e as filhas, que residem no Rio de Janeiro, disseram não ter condições financeiras para viajar até Mato Grosso do Sul e velar o corpo.

"Tenho certeza de que mataram ele por conta das terras que José comprou recentemente e para roubar o dinheiro que ele tinha guardado. Quem fez isso deixou eu e minhas filhas desamparadas. Mas, enquanto eu for viva, vou lutar por justiça. Não vou deixar a morte dele impune — a pessoa vai pagar por isso", concluiu Maria.

A Polícia Civil investiga o crime.