Policial
Na 5ª vai à julgamento rapaz que matou adolescente perto de boate
O crime aconteceu por volta das 5 horas da manhã do dia 1⁰ de maio de 2021.
Redação/ Região News
05 de Março de 2023 - 19:06
Na próxima quinta-feira, a partir das 9 horas, o tribunal do júri se reúne para julgar Anderson dos Santos do Nascimento, de 21 anos, que matou com um tiro na cabeça, Leandro de Souza Nogueira, de 17 anos nas proximidades do Blues Pub, boate localizada na Rua Paraná em Sidrolândia. O crime aconteceu por volta das 5 horas da manhã do dia 1⁰ de maio de 2021.
Logo após cometer o crime, o acusado que estava na garupa de uma bicicleta, fugiu de moto táxi para Maracaju. Ele só foi preso mais de um ano após o homicídio, em 12 de maio de 2022, na cidade vizinha numa boca de fumo. Anderson foi apanhado pela Polícia Civil com a arma que usou para matar Leandro.
Ao ser interrogado na Delegacia, ele confessou o crime e no dia seguinte, 13 de maio, teve a preventiva decretada e desde então está preso. Foi primeiro para o presídio de Dois Irmãos do Buriti e depois foi para a Penitenciária de Segurança Máxima em Campo Grande onde está até agora.
No interrogatório na Delegacia de Maracaju, Anderson disse que na noite de 1⁰ de maio de 2021 foi ao Blues Pub em companhia de Stefany Fernandes que seria namorada dele na época. Antes da abertura da boate, por volta da meia-noite, Leandro teria dado um chute em Stefany provavelmente por ciúme, já que dias antes terminara um relacionamento com a o jovem.
Diante da agressão, conta o acusado, foi tirar satisfações com o desafeto. Leandro teria ameaçado "pegar" ele na saída. "Eu disse. Beleza, irmão. É isto mesmo? Vazei. Aí fui em casa e peguei o revólver calibre 32 que eu já tinha e voltei para festa maquinado. Quando era por volta das 4h da manhã sai da festa e lá fora o Leandro estava em companhia de alguns amigos.
De longe, ele veio me afrontando. Nesta hora eu já saquei o revólver e dei um tiro nele que atingiu a têmpora dele", contou.
Outra versão
Em 12 de maio do ano passado, durante a audiência de instrução e julgamento, Anderson preferiu se manter em silêncio. As testemunhas ouvidas não ratificaram a versão do suspeito de que a motivação do crime foi passional. A própria Stefany, suposto pivô do homicídio, negou que tenha namorado Anderson ("saímos apenas uma vez"), revelou. Garantiu que sequer havia ido à boate com ele.
"Fui com uma amiga, não vi nenhum dos dois durante o tempo em que fiquei lá", garante. Por volta das 4 horas da manhã ela disse ter saído da Blues Pub e quando estava perto do estacionamento do antigo prédio do Supermercado Nutrimais ouviu os disparos, mesmo assim, seguiu pra casa.
A mãe da vítima, Inglis de Souza Nogueira, contou que estava com o filho na boate quando revolveu voltar para casa e levá-lo. Leandro mostrou-se relutante, mas acabou saindo atrás dela. Numa certa altura ouviu um disparo, olhou pra traz e constatou que o filho havia sido ferido na cabeça.
De imediato voltou e o socorreu levando para o hospital onde o jovem morreu minutos depois. Ela negou que Leandro tenha agredido Stefany com quem o filho terminara, uma semana antes do crime, um relacionamento rápido. Na época do homicídio dona Inglis saiu da cidade porque temia retaliações do suspeito do crime e de pessoas envolvidas no tráfico de drogas com quem ele teria conexões.
Leandro era usuário de drogas, envolveu-se com o tráfico de drogas, o que lhe custou uma temporada na UNEI Dom Bosco, de onde sairá alguns dias antes de ser morto.