Polícia encontra ossada humana às margens de avenida na periferia de Campo Grande

Por volta das 14 hs desta quinta-feira (08), a polícia encontrou a ossada de um homem na avenida Marginal Bálsamo, no bairro Universitário II, em Campo Grande. Trata- se do corpo de Deraldo Pereira da Silva, 57 anos.

A vítima foi encontrada em uma grande área, no meio de um canavial, no início da tarde de hoje por uma pessoa que estava capinando o terreno, que fica praticamente nos fundos da casa de Deraldo.

“A vizinha disse que chegou a sentir forte cheiro, mas eu não. Algumas vezes, percebi que havia um odor mais forte, mas achava que poderia ser algum animal morto”, comentou dona Claudina Rosa Ferreira, que mora na residência na frente da área onde o corpo foi encontrado.

De acordo com a família, Silva estava desaparecido há aproximadamente cinco meses e era alcoólatra. “Há muito tempo, a gente não tinha informação do paradeiro dele. Ele bebia bastante sim, mas nunca teve problemas com a vizinhança, ficava sempre na dele, em casa depois que bebia a gente não sabe de nenhum desentendimento dele com alguém”, disse Leonice Pereira da Silva, a irmã da vítima.

Ainda de acordo com familiares, os policiais que registraram a ocorrência relataram que, apesar do avançado estado de decomposição (já em putefração), há fortes indícios de assassinato, pois havia uma perfuração na cabeça.

“A polícia falou que tinha ainda um furo na testa dele e sinais que poderiam ser de grandes cortes, nos braços e em outras partes do corpo”, completou Leonice.

Histórico da vítima Há cerca de quatro anos, Deraldo morava sozinho numa pequena casa de duas peças na mesma avenida. Como era solteiro, morou com a mãe, que mora em frente à casa dele, durante muito tempo.

Vizinhos confirmaram que ele bebia muito, mas que nunca arrumava confusão. Ultimamente, o homem vendia picolés e por um certo período também trabalhava pegando material para reciclagem. “Uma pessoa tranquila, de boa sim. Passava, conversava de vez em quando, e quando tava bêbado não incomodava ninguém”, resumiu outro vizinho, Valdir Cano.

Alguns familiares e amigos que não quiseram se identificar, contou aos policiais e ao Midiamax que desconfiam que um primo de Deraldo seja o autor do possível homicídio.

A família lembrou ainda que já tinha registrado um Boletim de Ocorrência constando o desaparecimento do homem.