Policial
Policiais acusados de matar juíza no Rio já estão em Campo Grande
Correio do Estado
16 de Dezembro de 2011 - 09:50
Dois dos principais acusados de assassinar a juíza Patrícia Acioli, em São Gonçalo, no Rio e Janeiro, mais três agentes penitenciários estaduais também do Rio, foram transferidos ontem para o Presídio Federal de Campo Grande.
Todos estavam custodiados no Presídio de Segurança Máxima Bangu 1, e foram trazidos para a Capital de Mato Grosso do Sul em voos comerciais, escoltados por agentes penitenciários federais. Os PMs respondem pelo homicídio triplamente qualificado da magistrada (motivo torpe, mediante emboscada e com o objetivo de assegurar a impunidade do arsenal de crimes) e por formação de quadrilha armada.
Segundo as investigações, o tenente-coronel Claudio Luiz Silva de Oliveira e o tenente Daniel Santos Benitez Lopez, teriam sido os mandantes do assassinato da juíza. Os outros três presos transferidos são os agentes: Nilson Rodrigues dos Anjos, Sérgio da Costa Brum e Júlio César Coelho Costa Júnior. De acordo com informações do Ministério da Justiça, eles são acusados de prática de corrupção.
O Departamento Penitenciário Nacional (Depen) informa que o Presídio de Campo Grande foi escolhido porque tem uma ala para policiais. Das quatro penitenciárias federais do País, a sul-mato-grossense é a única a aceitar esse tipo de custódia. Além de Campo Grande, ainda há presídios federais em Catanduvas (PR), Porto Velho (RO) e Mossoró (RN).
O presídio é o mesmo onde está o traficante Antônio Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha, que foi transferido para Campo Grande desde o último dia 19. A penitenciária também já abrigou o traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar.
A unidade, situada na região da saída para Sidrolândia, está com 28 policiais e ex-policiais vindos de vários estados, como Amazonas, Ceará, Rio Grande do Norte e Pernambuco.
Sem regalias
No sistema penitenciário federal, os policiais não recebem nenhum tipo de tratamento diferenciado, conforme informações do Ministério da Justiça.
As celas das penitenciárias federais são individuais e os presos não têm, em hipótese alguma, contato com outros presos. Mesmo assim, por segurança, informa o Ministério da Justiça, os policiais e ex-policiais ficam em alas separadas dos demais presos.
Quando chegam ao Presídio Federal, os detentos ficam em regime de isolamento por 20 dias para exames e adequação ao sistema rigoroso do local. Neste período não é permitida nenhuma visita aos detentos, apenas do advogado.




