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Policial

RS promete viaduto para eliminar curva onde jornalistas morreram

Trecho perigoso de estrada está sem controle eletrônico de velocidade

Terra

27 de Abril de 2012 - 16:52

O acidente de trânsito desta sexta-feira envolvendo um comboio de policiais e jornalistas - que levou à morte do repórter Enildo Paulo Pereira, o Paulão, e do cinegrafista Ezequiel Barbosa, da Rádio Bandeirantes - foi o sétimo registrado em 2012, embora o primeiro fatal, no trecho chamado 'curva da morte', na RS-122, em Farroupilha (RS). Para eliminar a curva, há dois anos o Departamento de Estradas do RS (Daer) tem na gaveta um projeto para a construção de um viaduto no local.

A ladeira, no km 47 da rodovia, é campeã de acidentes. Somente no ano passado, de acordo com o Batalhão Rodoviário da Polícia Militar, foram 10 registros com lesões, 10 com danos materiais e uma morte - também envolvendo caminhões. Para agravar a situação, desde novembro de 2010 os pardais da estrada estão desativados, devido a uma série de denúncias sobre fraude nas licitações envolvendo empresas de controladores eletrônicos.

O secretário de Infraestrutura e Logística do RS, Beto Albuquerque, explica que o governo ainda está apurando os responsáveis pelas fraudes, por isso a demora. "Nós passamos oito meses ajuizando responsabilidades e decidimos preparar licitações internacionais para os equipamentos, para não ficarmos reféns do monopólio nacional. Isso demora", diz Albuquerque. Para o secretário, nessa área, "a pressa é alma gêmea da corrupção". O governo espera concluir até setembro deste ano a licitação para a compra de 77 novos pardais. Após o aval da Procuradoria Geral do Estado, o processo deve seguir para a Central de Compras.

Viaduto para eliminar curva
A ideia do Daer para acabar com o trecho perigoso é construir um viaduto unindo os dois pontos da curva, fazendo com que o arco saia do traçado da rodovia. Segundo o diretor de Gestão e Projetos do departamento, Luiz Carlos Karnikowski de Oliveira, engenheiros do Daer estão estudando a área para avaliar se a topografia do local permite a instalação do viaduto. "Não sendo possível, teremos que duplicar a área para reduzir o impacto", explica ele. Oliveira afirma que a meta da Secretaria de Infraestrutura e Logística do RS é finalizar o projeto até o final do ano.