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Política

Acordo com Azambuja pode manter PMDB na presidência da Assembleia em 2015

O partido está no comando da Casa há quatro mandatos consecutivos, ou seja, desde a posse do governador André Puccinelli

Midiamax

29 de Outubro de 2014 - 08:54

Um acordo com a anuência do governador eleito Reinaldo Azambuja (PSDB) deve manter a hegemonia do PMDB na presidência da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, ano que vem. 

O partido está no comando da Casa há quatro mandatos consecutivos, ou seja, desde a posse do governador André Puccinelli (PMDB), em 1º de janeiro de 2007, quando o deputado estadual Jerson Domingos substituiu Londres Machado (PR), o recordista no cargo de presidente – 7 vezes.  

Além do mais, é tradição na Assembleia o partido de maior representatividade dirigir a Casa.  

Com 6 representantes eleitos para a próxima legislatura, que começa em 1º de fevereiro, o PMDB deve abrir mão de algumas regalias a que terá direito no governo tucano em 2015 por ter se aliado no segundo turno das eleições. 

O partido elegeu este ano os deputados Marquinhos Trad, o mais votado, Renato Câmara, Júnior Mochi, Eduardo Rocha, Maurício Picarelli e Antonieta Amorim.  O acordo, no entanto, não impede que o partido ocupe secretarias e cargos de primeiro e segundo escalões no futuro governo. 

Derrotado na disputa para o governo do Estado, o ex-prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad, e toda a bancada do partido na Assembleia decidiram apoiar Azambuja, eleito no segundo turno com 741.516 votos, equivalente a 55,34% dos válidos, contra 598.461 votos (44,66%) de Delcídio do Amaral (PT).

A ideia do governador eleito era articular dentro de sua base aliada para eleger o presidente da Mesa Diretora. Pelo menos dois nomes estavam sendo cotados, Onevan de Matos (PSDB) e Zé Teixeira (DEM). No entanto, Azambuja e os próprios parlamentares interessados no cargo teriam recuado diante da reivindicação do PMDB. 

Publicamente, Mochi, que é presidente regional do PMDB, garante que o seu grupo político não condicionou a ocupação de cargos no governo tucano para fazer parte da base aliada de Azambuja na Assembleia. 

Entretanto, deixa no ar o interesse de integrar o governo ao confessar que o grupo aguarda o chamado de Azambuja para conversar sobre a governabilidade. “Se ele entender que somos bons para governabilidade. Mas vamos aguardar”, disse Mochi, em entrevista ao Portal. 

Em entrevista à imprensa, na segunda-feira, o próprio Azambuja adiantou que irá compor parte de seu secretariado com indicações dos partidos que fizeram parte de sua coligação e dos que aderiram no segundo turno. 

"Vamos trabalhar, a partir da semana que vem, na equipe de transição. Temos alguns nomes, que são de pessoas com perfil técnico. Vamos buscar também partidos aliados. Você precisa ter uma base de apoio na Assembleia Legislativa e vamos compor o governo com esses partidos", declarou.

Além do mais, o nome de Mochi já vinha sendo cogitado para ser o próximo presidente da Assembleia antes mesmo das eleições em razão do trânsito fácil que tem em todos os grupos políticos e pelo seu forte poder de articulação política como líder do governo na Casa.