Ainda sem candidato de consenso, Governo pode ficar fora da disputa pela presidência da Câmara

 A 48 horas da eleição que escolherá o presidente da Câmara Municipal de Sidrolândia para o biênio 2014/2015, a base do prefeito Ari Basso (PSDB) ainda não tem um nome de consenso para entrar na disputa pela Mesa Diretora. Como nenhum dos pré-candidatos (Vilma Felini e Sérgio Bolzan) mostra disposição de renunciar em favor do concorrente ou de um terceiro nome, a menos que haja uma mudança neste quadro até segunda-feira, o governo vai ficar fora da disputa. Com isto estará aberto o caminho para o grupo de sete vereadores, sob a liderança do vereador David Olindo (SDD), ter chapa única e assumir o controle da administração do legislativo nos próximos dois anos.

Este aparente conformismo do governo de evitar o enfrentamento com a oposição decorre de uma avaliação matemática. “Nosso grupo tem seis vereadores e a oposição, sete, ou seja, qualquer nome da base só tem chance de se tornar presidente, caso tenha o consenso e a partir daí, possa articular o sétimo e decisivo voto”, comenta o vereador Cledinaldo Cotócio, 1º secretário da Mesa, admitindo que como este entendimento interno não se consolidou, fica inviável construir qualquer projeto com chances de vitória.

Cledinaldo diz que até anteontem os dois pré-candidatos governistas sustentavam internamente o discurso de estar com o sétimo voto no bolso do colete, dependendo apenas de assegurar o consenso, cenário não consolidado pelos presidenciáveis após várias reuniões. 

Na quinta-feira, quando o G-7 boicotou a sessão extraordinária , impedindo a votação de vários projetos do Executivo, ficou evidente na avaliação de Cotócio, que o bloco está coeso, não “parece  vulnerável ao surgimento de algum dissidente que o impeça de fechar uma chapa e assumir o controle da futura pela Mesa Diretora”.

Entrevistado na manhã deste sábado pela reportagem do Região News, o vereador Sérgio Bolzan, garantiu que ainda continua na disputa e confia no entendimento nas próximas horas. “Temos tempo para construir o consenso no grupo”, destacou. Procuradora por telefone, a outra pré-candidato, Vilma Felini, não atendeu as  ligações.