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Política

Alcides Bernal vence as eleições com dianteira de mais de 108 mil votos em Campo Grande

A votação teve inicio às 17h e terminou às 18h15min, com cinco urnas substituídas e 30 denúncias registradas.

Marcos Tomé/Região News

28 de Outubro de 2012 - 18:12

Foto: Divulgação

Alcides Bernal vence as eleições com dianteira de mais de 108 mil votos em Campo Grande

Alcides Bernal, senador Delcidio do Amaral, Reinaldo Azambuja e Ataide Nery

O radialista Alcides Bernal é o novo prefeito de Campo Grande. O candidato progressista venceu as eleições com 108.715 votos na frente do deputado federal, Edson Giroto (PMDB). Bernal obteve 270.927 votos (62,55%) contra 162.012 de Giroto (37,45%). Os votos brancos representam 2,06% e os nulos 3,27%.

A votação teve inicio às 17h e terminou às 18h15min, com cinco urnas substituídas e 30 denúncias registradas.

Histórico

A carreira política de Alcides Jesus Peralta Bernal “Alcides Bernal” começou por meio do rádio, onde iniciou em 1992 e conquistou popularidade. O primeiro mandato veio em 2004, quando se elegeu pela primeira vez vereador de Campo Grande. Quatro anos mais tarde, recorde de votação na reeleição: 12 mil votos.

Ainda no primeiro mandato de vereador presidiu a Comissão Permanente de Transporte e Trânsito, reivindicando diversas melhorias e obtendo várias conquistas para o trânsito e o transporte da capital. Em 2010, o progressista decide encarar a eleição para deputado estadual e, novamente, consegue votação expressiva.

O primeiro mandato na Assembleia Legislativa vem com 26,1 mil votos. Neste ano, Bernal se lançou como candidato à Prefeitura com o argumento de que tinha conhecimento que pesquisas, até de outros partidos, que o apontavam, desde setembro do ano passado, na liderança da preferência dos eleitores entre possíveis candidatos a prefeito.

No período que antecedeu as convenções, sofreu acusações de que não sairia candidato por falta de estrutura financeira e de apoio político. Meses antes da oficialização da candidatura, seu projeto foi colocado em dúvida por diversas vezes e a especulação de que ele seria candidato à vice de Edson Giroto (PMDB).

Depois de homologar a candidatura nas convenções do Partido Progressista, outra situação colocou dúvida: a ausência da escolha de um nome para compor a vice em sua chapa. Tanto que o anúncio ocorreu dias depois com a revelação do ex-vereador Gilmar Olarte, liderança evangélica na Capital.

Após sofrer a baixa do PSD, que se colocou ao lado de Bernal antes das convenções e, de última hora, oficializou apoio ao PMDB, Bernal encabeçou uma chapa pura para concorrer ao pleito. Diante disso, novamente, a candidatura foi apontada como fraca e sem condições de vencer uma eleição que contava com outros seis adversários.

As primeiras pesquisas da corrida pela Prefeitura mostraram Giroto na liderança e Bernal na segunda posição, no entanto, aos poucos, a diferença foi caindo até que o progressista terminou o primeiro turno na liderança dos levantamentos para intenção de votos dos eleitores.

No dia da votação, o candidato do PP recebe 176.288 mil votos, o que corresponde a 40.18% dos votos contra 122.813 de Edson Giroto (27,99%), diferença de 53,4 mil votos. E se o primeiro turno ocorreu em chapa pura, Bernal passa a contar com apoios de peso como PT, PPS e PSDB no segundo turno.

Alianças feitas por conta do “pacto da oposição”, selado pelos candidatos em 30 de junho, que tinha o combinado de formar um bloco para enfrentar o candidato do PMDB. Com a votação expressiva no primeiro turno, os apoios consolidados, e a igualdade do tempo de propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão de dez minutos para ambos os candidatos, o progressista demonstrou, em vários momentos, tranquilidade e a segurança de que dificilmente perderia a eleição.

Tanto que sua candidatura resistiu a ataques, em forma de impressos e vídeos, que o acusaram, entre outros fatos, de receber dinheiro por debaixo da mesa numa negociata. Alcides Bernal assume como prefeito no dia 1º de janeiro e sua eleição quebra uma hegemonia de duas décadas do comando do PMDB no Poder Executivo da Capital.