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Política

André deve anunciar novos investimentos ao abrir ano legislativo

Os trabalhos da Assembleia serão reabertos depois do recesso de fim de ano, com possíveis mudanças na rotina da Casa

Willams Araújo

03 de Fevereiro de 2014 - 08:28

Além de fazer um balanço do que foi feito em 2013, o governador André Puccinelli (PMDB) deve anunciar novos investimentos para Mato Grosso do Sul ao participar da solenidade de abertura dos trabalhos da Assembleia Legislativa nesta segunda-feira (3).

Na solenidade, marcada para começar às 8h30, André fará a leitura da “mensagem do governo”, na qual será apresentada a prestação de contas dos trabalhos realizados no ano anterior e as metas a serem executadas no atual exercício financeiro.

O ato, a ser aberto pelo presidente da Mesa Diretora, deputado Jerson Domingos (PMDB), marca a abertura da 4ª sessão legislativa da 9ª legislatura da Assembleia Legislativa.

Antes de seu pronunciamento, o governador fará revista à tropa da Polícia Militar e acompanha o hasteamento das bandeiras na rampa que dá acesso a Casa juntamente com os 24 deputados estaduais.

Como de praxe, os líderes de bancada farão uso da palavra logo após o pronunciamento do governador, conforme prevê o Regimento Interno da Assembleia. 

Os trabalhos da Assembleia serão reabertos depois do recesso de fim de ano, com possíveis mudanças na rotina da Casa, reflexo do período eleitoral em Mato Grosso do Sul.

Particularmente, o presidente Jerson Domingos (PMDB) acredita que as atividades parlamentares podem muito bem ser conciliadas com a campanha eleitoral sem atrapalhar os trabalhos das comissões permanentes e até do plenário.

A leitura que se faz no Parlamento é que as sessões deliberativas (àquelas em que se votam matérias) são realizadas sempre as terças e quartas-feiras, deixando a quinta-feira livre para que os deputados, principalmente os que moram no interior, possam atender suas bases eleitorais.

Além do mais, na quinta-feira, os trabalhos comumente se encerram mais cedo que nos dias normais, possibilitando o deputado viajar para cumprir agenda política durante a campanha, já que a maioria tem domicílio eleitoral no interior.

Nessa época, os 24 deputados estaduais com assento na Casa, com algumas exceções, devem se desdobrar este ano, tanto em suas atuações no Legislativo quanto no contato direto com o eleitor por causa da campanha à reeleição.

DISCURSO

Por ser um ano político, o discurso do governador está sendo aguardado como muita expectativa não apenas pelos deputados que integram a sua base aliada na Casa, mas também pela bancada de oposição.

Como principal articulador político do PMDB no Estado, o governador faz mistério em relação a sua candidatura o Senado, fato que tem adiado inclusive o posicionamento de partidos de oposição, como o PSDB do deputado federal Reinaldo Azambuja.

À imprensa, o tucano deixou claro que só irá se definir assim que André se posicionar oficialmente, o que só deverá ocorrer em meados de abriu, prazo fixado pela legislação eleitoral para desincompatibilização de secretários e assessores que queiram postular cargos eletivos e de renúncia, no caso do governador.

Na semana passada, André voltou a declarar à imprensa que não será candidato nas eleições deste ano porque prefere ir para casa descansar e cuidar dos netos. No entanto, a classe política tem dúvida sobre a participação dele no próximo pleito.

O governador está sendo pressionado por correligionários e por aliados a entrar na disputa para fortalecer a candidatura do ex-prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad (PMDB), ao governo do Estado.

Se decidir permanecer até o fim do seu segundo mandato, a candidata do PMDB ao Senado deverá ser a vice-governadora Simone Tebet, conforme o próprio comando regional do partido tem assegurado publicamente diante da possibilidade de André abrir mão da disputa.