Política
Bernal não tem solução e vereadores podem ser despejados em março
Bernal chegou a afiançar, no dia 20 de novembro, que iria resolver o problema do aluguel do prédio da Câmara, com a construção de um Parque Administrativo, no prazo de seis meses
Campo Grande News
11 de Janeiro de 2014 - 09:08
O prefeito Alcides Bernal (PP) não tem solução a curto prazo para resolver o problema da possível despejo dos vereadores, em razão do não pagamento do aluguel do prédio ocupado atualmente pela Câmara de Campo Grande no bairro Jatiuka Park. O secretário municipal de Governo, Pedro Chaves, admite que não está concluído nem mesmo o projeto para de construção da novo prédio da Câmara, que integrará o Parque Administrativo a ser construído às margens da Avenida Duque de Caxias, perto do Atacadão, na saída para Aquidauana.
O projeto está em fase final, afirmou Pedro Chaves, revelando que sua implantação depende também de uma negociação com o Exército. Queremos aumentar nossa área. Estamos propondo permuta de 15 hectares com o Exército para que possamos ter espaço para o estacionamento, revelou o secretário, informando ainda que o projeto está a cargo do presidente do Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Planurb), Valter Cortez.
Bernal chegou a afiançar, no dia 20 de novembro, que iria resolver o problema do aluguel do prédio da Câmara, com a construção de um Parque Administrativo, no prazo de seis meses. Nada foi executado ainda. No próximo dia 20 de janeiro já terão se passado dois meses e nenhum tijolo foi assentado até agora.
Chaves não sabe a data em que será iniciada a obra, em razão da necessidade de conclusão do projeto e das tratativas com o Exército, mas considera plenamente factível a previsão do prefeito. Realmente as empresas hoje, com esse tipo de construção, conseguem executar a obra em cinco a seis meses, argumentou.
Em razão dessa situação, os vereadores correm o risco de passar pelo vexame de ter de deixar o atual prédio e não ter para onde ir. O prazo dado pela justiça para desocupação do prédio vence em março. Estamos começando negociações. A área jurídica está cuidando disso, informou o secretário.
Desapropriação - A Câmara de Campo Grande economizou cerca de R$ 8 milhões no exercício passado, ao deixar de realizar gastos previstos, alguns deles até empenhados, com o propósito buscar solução quanto despejo ordenado pela Justiça. O dinheiro foi economizado para o caso de desapropriação do atual prédio ocupado pelos vereadores, na Rua Ricardo Brandão, já que há ordem de despejo a ser cumprida até março.
A proprietária do imóvel alugado pela Câmara, a empresa Haddad Engenheiros Associados, porém, não concorda com esse preço, garantindo que o imóvel vale pelo menos R$ 16 milhões.
Além da discordância sobre o preço da desapropriação, a locadora está sem receber o valor dos alugueis há vários anos e cobra uma dívida de R$ 11 milhões. O elevado valor do passivo decorre do aluguel de R$ 35 mil desde 1º de janeiro de 1999, que deixou de ser pago integralmente em 2007, quando expirou o contrato Câmara e do pagamento parcial de R$ 11 mil por mês com base em liminar judicial, depois derrubada na sentença de mérito.




