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Política

Câmara trava votação do orçamento e vereadores vão ganhar R$ 2.532,00 por sessão relâmpago

Essa sessão, em que não haverá nenhum debate ou votação de interesse da comunidade, vai custar aos cofres R$ 37.980.

Flávio Paes/Região News

12 de Dezembro de 2018 - 10:51

Câmara trava votação do orçamento e vereadores vão ganhar R$ 2.532,00 por sessão relâmpago

A três dias de iniciar o recesso parlamentar, que começa oficialmente dia 15, a Câmara Municipal ainda não votou o orçamento da Prefeitura para 2019 e nesta quarta-feira, quando o presidente Jean Nazareth pretendia pautar a proposta, haverá uma sessão relâmpago (que deve durar no máximo 5 minutos). É que está agendada para às 19h30, no plenário do Legislativo, a solenidade “História de Sidrolândia” em comemoração aos 50 anos da E.E Sidrônio Antunes de Andrade.

Essa sessão, em que não haverá nenhum debate ou votação de interesse da comunidade, vai custar aos cofres públicos R$ 37.980,00 apenas com o jeton dos 15 vereadores. Cada um deles vai ganhar R$ 2.532,00, o equivalente a 2,6 salários mínimos, dois meses de salário de um trabalhador da Seara.

O presidente da Câmara garante que está de “mãos atadas” porque o projeto do orçamento está parado na Comissão de Orçamento e Finanças, com o presidente da Geosafá da Silva, integrante do G-9, grupo que lançou a candidatura do vereador Carlos Henrique a presidência.

A estratégia do bloco é só votar a proposta orçamentária na próxima semana, logo após a eleição Mesa Diretora, na sexta-feira, dia 14. Ninguém entendeu os motivos desta obstrução, uma espécie de retaliação ao prefeito Marcelo Ascoli, que se mantém distante da disputa.

“Esta questão (a da eleição da Mesa Diretora) é um assunto que diz respeito à Câmara. Fui vereador e prezo muito pela interdependência entre os poderes. Não faço política com este espirito de revanche, de confrontação", assegura o prefeito Marcelo Ascoli.

Além do orçamento que obrigatoriamente tem de ser votado antes de iniciado o recesso, há o projeto em tramitação na Câmara de suplementação orçamentária no valor de R$ 510 mil para implantação da rede de água no Assentamento Terra Solidária. Desde junho a Prefeitura foi autorizada pela Funasa (que vai bancar R$ 500 mil do projeto) a licitar a obra que tem recursos assegurado desde 2015.