Caso eleito governador, Delcído promete acabar com o Fundersul

O senador Delcídio do Amaral (PT/MS), pré-candidato ao governo do Estado, revelou na segunda-feira (24), que, se for eleito governador, em outubro, vai acabar com a cobrança do Fundersul (Fundo de Desenvolvimento do Sistema Rodoviário de Mato Grosso do Sul).

A taxa é formado pela contribuição dos produtores rurais e utilizado para custear a conservação das estradas. Para o presidente da Acrissul, já passou da hora de por um fim ao Fundersul "e com a privatização das rodovias estaduais terminou de vez a necessidade de tal cobrança", enfatiza Maia.

O senador reuniu-se na manhã desta segunda-feira com produtores rurais, empresários e diretores da Acrissul. Na pauta da reunião estiveram em debate ainda temas como demarcação de terras para indígenas e meio ambiente.

Delcídio afirmou que as tratativas com o ministro da Justiça José Eduardo Cardoso, no que se refere à indenização dos proprietários da região do Buriti, tem evoluído no sentido de melhorar a proposta da indenização e que a expectativa é de que o ministro assine os primeiros pagamentos no final de abril, durante evento na Expogrande, que acontecerá de 24 de abril a 43 de maio em Campo Grande.

Indenização

“Tive na semana passada, em Brasília, uma longa conversa com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e tratei desse assunto também com a presidenta Dilma Rousseff. Depois de muitas idas e vindas, sinto que estamos na reta final de um acordo, que passa pela Fazenda Buriti, mas que vai servir de paradigma para outras regiões de Mato Grosso do Sul e do Brasil, como conceito pela decisão de pagar pela terra nua, além das benfeitorias. Estou trabalhando para que o governo federal anuncie o acordo durante a realização da Expogrande, no final de abril, inclusive convidei o ministro Cardozo para que ele seja o porta voz dessa boa notícia. E posso adiantar que já existe uma evolução nos valores a serem pagos por hectare”, revelou o senador.

Delcídio reiterou que os conflitos que envolvem indígenas e produtores são hoje tratados pelo governo como  um assunto de Estado.

“Esta não é uma disputa política, e continuarei fazendo  todos os esforços para que tenhamos uma solução a curto prazo. Temos que evitar o víeis político, tanto de um lado quanto do outro”, alertou. “O  ministro José Eduardo Cardozo tem uma leitura clara em relação a Funai e a decisão vai caber a ele,  depois de ouvir não apenas a Funai, mas também o Incra e todos os setores envolvidos”, disse.

Para Francisco Maia, presidente da Acrissul, “a presença do senador aqui na nossa sede é sempre muito bem vinda, pela sua postura equilibrada, de um homem que conhece a realidade. Agora ele veio como pré-candidato a governador e se mostrou aberto para que o setor rural envie sugestões ao seu programa de governo, o que  nos dá a certeza de que, se for eleito, Delcídio continuará sendo um grande parceiro do agronegócio”, declarou Maia.