Política
Com apoio de 4 partidos, Alex Enfermeiro tem candidatura a prefeito de Paranhos aprovada em convenção
Alex disse que sua bandeira de campanha será o investimento em melhorias na saúde e reforço das políticas sociais fundamentais.
Redação/Região News
07 de Março de 2025 - 13:00

Haverá disputa na eleição suplementar para prefeito de Paranhos, marcada para o próximo dia 6 de abril pela Justiça Eleitoral. A possibilidade do prefeito interino Helio Acosta ser candidato único está oficialmente descartada com a homologação em convenção da candidatura do vereador Alex Nicola Ratier, o Alex Enfermeiro, do PP. Ele terá o apoio de uma frente de partidos que inclui o PT, que indicou o vice da chapa, Otoniel Ricardo, popularmente conhecido por Otoniel do PT, o PSB e o Republicanos. Estão aptos a votar 6.168 eleitores.
O candidato a vice Otoniel do PT é uma liderança da comunidade indígena que representa 43% da população da cidade.''
Alex Enfermeiro, com 527 votos foi segundo vereador eleito mais votado, se reelegendo com mais que o dobro da votação obtida em 2020 (256), perdendo por 76 votos para o primeiro colocado Helio Acosta (603 votos) que como presidente da Câmara assumiu o Executivo Municipal com a cassação do registro da candidatura de Heliomar Klabunde, vencedor da eleição para prefeito em outubro de 2024.
No entanto, após a eleição, a candidatura de Heliomar Klabunde foi impugnada devido a irregularidades apontadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU), o que levou à sua inelegibilidade confirmada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Com isso, o presidente da Câmara Municipal, vereador Hélio Acosta (PSDB), assumiu interinamente a prefeitura em 1º de janeiro de 2025. Os partidos MDB e PSDB, que foram adversários nas eleições de 2024, decidiram unir forças para este novo pleito numa aposta de chapa única, mas não contavam com a candidatura do também vereador, já citado, do Partido Progressista.
Os partidos tem até 10 de março, segunda-feira, para registrar as candidaturas. A propaganda eleitoral vai de 11 de março a 5 de abril e a eleição, no dia seguinte ao encerramento da propaganda eleitoral, em 6 de abril. Enfermeiro concursado da Secretaria Municipal de Saúde há mais de 11 anos, natural de Paranhos, Alex disse a reportshem do RN que sua bandeira de campanha será o investimento em melhorias na saúde e reforço das políticas sociais fundamentais numa cidade que tem um dos piores IDH - Índice de Desenvolvimento Humano do Estado (0,588))
Reviravolta

A candidatura a prefeito de Alex Enfermeiro contrariou a estratégia da cúpula estadual do PSDB que pretendia pavimentar o caminho do partido para manter o comando dos prefeitos com a candidatura única do vereador Hélio Acosta há dois meses prefeito interino.
O ex-prefeito Donizete Viaro (PSDB) que não conseguiu se reeleger, obteve 49,02% dos votos na tentativa de reeleição no ano passado, perdeu a prefeitura para Heliomar Klabunde (MDB), foi tirado do páreo pela cúpula regional tucana.
O caso
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por unanimidade, negou recurso eleitoral do prefeito eleito em Paranhos, Heliomar Klabunde (MDB). Acompanharam o Relator, João Paulo Oliveira, os Ministros André Ramos Tavares, Nunes Marques, André Mendonça, Isabel Gallotti, Antonio Carlos Ferreira e Cármen Lúcia (Presidente).
O Tribunal de Contas da União declarou Heliomar inelegível até 13 de abril de 2025, devido a irregularidades nas contas da sua última gestão como prefeito. Em 2020 Heliomar também teve seu registro de candidatura indeferido. Isso levou à realização de uma nova eleição, na qual Donizete Viáro (PSDB) venceu Alfredo Soares (MDB) por uma diferença de apenas 118 votos.
Desta vez, Donizete questionou a elegibilidade de Heliomar, destacando que ele ainda permanecia inelegível em virtude da decisão do TCU. Mesmo com a alegação de que as contas de Heliomar haviam sido analisadas pelo Tribunal de Contas e que a prescrição da multa imposta poderia afastar a inelegibilidade, o juiz Diogo de Freitas manteve a decisão de impugnar a candidatura.
O TSE, por meio do relator Floriano de Azevedo Marques e outros seis ministros, acompanhou o entendimento de que a inelegibilidade de Heliomar se sustentava, devido à rejeição das contas da gestão passada, mesmo com o passar do tempo.