David promete gestão transparente e tratamento igualitário entre bancadas

Quem alimenta a expectativa de que o vereador David Olindo (SD)  vai transformar a presidência da Câmara em trampolim para fustigar o Governo tucano, que os próprios aliados admitem passar por um período de desgaste junto à opinião pública, se frustrará. Estão fora dos planos de David apostar na estratégia do quanto pior, melhor, que alguns dos seus próprios aliados na eleição da Mesa Diretora, sonhavam ver implementada no biênio 2015/2016 como parte da estratégia da oposição para e facilitar o caminho para voltar ao comando da Prefeitura na eleição de 2016.

David pretende, sim, fazer valer as prerrogativas do Legislativo, de fiscalizar e cobrar do Executivo, ações em favor do município, aperfeiçoar os mecanismos de controle da aplicação dos recursos públicos, mas também está disposto a buscar ações cooperativas com o prefeito Ari Basso que contribuam para destravar sua administração.  

Segundo o presidente, o objetivo da atual Mesa Diretora é contribuir, sem subserviência, nem barganhar favores ou cargos, para que a gestão municipal deslanche, sejam resolvidos alguns gargalos que estão trazendo prejuízo à população. Haverá uma aproximação entre as assessorias do Executivo e do Legislativo para evitar o envio para deliberação da Câmara, de projetos com falhas de formatação, inconsistências jurídicas, situação recorrente em muitas das propostas analisadas nos últimos dois anos, que acabaram tendo de ser retalhadas por emendas ou alteradas praticamente na íntegra, com substitutivos, para terem sustentação jurídica.

David planeja iniciar a atual legislatura, já na sessão solene de abertura no próximo dia 23, com os gabinetes dos vereadores funcionando no anexo que começou a ser construído em 2012, não foi entregue no biênio 2013/2014, quando a casa foi comandada por Ilson Peres. Serão investidos aproximadamente R$ 60 mil para adequar o prédio, fazer reparos no telhado, transformar o espaço reservado a estacionamento e um plenarinho, em salas que abrigarão alguns setores previstos na nova estrutura administrativa, como a ouvidoria e a controladoria.

O presidente garante que vai dar tratamento igualitário a todos os 12 vereadores, inclusive ao grupo que não apoiou candidatura. “Não haverá tratamento privilegiado”, assegura David.  Sua intenção é instituir a verba indenizatória para cobrir os gastos para o exercício do mandato, indiferente aos riscos de desgaste junto à opinião pública. A verba já foi criada, precisa apenas de regulamentação para ser implementada.