Política
David se insurge contra TAC e ameaça mobilizar grupo para obstruir votações
Se a promessa for levada a adiante, ficará comprometida a votação dos projetos de reajustes salariais dos professores, assistentes de creche e agentes de saúde
Flávio Paes/Região News
09 de Dezembro de 2014 - 15:41
O grupo de sete vereadores que segue a liderança do vereador David Olindo promete obstruir a pauta de votação da Câmara e as reuniões de deliberação das comissões. A obstrução será uma resposta à decisão da mesa diretora que assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público, no qual se compromete a homologar o concurso público realizado em dezembro de 2012 para o preenchimento de 23 vagas no quadro de pessoal e nomear de imediato 11 dos aprovados, contrariando decisão aprovada em plenária, pela anulação do concurso. Não vamos votar nada enquanto esta situação não for resolvida, anuncia o vereador David Olindo. Que chamem a mesa diretora para se reunir e voltar os projetos, observa.
Se a promessa for levada a adiante, ficará comprometida a votação dos projetos de reajustes salariais dos professores, assistentes de creche, agentes de saúde, que está programada para quinta-feira em sessão extraordinária. Também será afetado o processo de tramitação das propostas de revisão do IPTU e da taxa do lixo, que seriam analisadas pelas comissões nesta terça-feira para ser colocado na pauta de votação da sessão da próxima segunda-feira.
David contratou um advogado de Campo Grande para contestar judicialmente o TAC em nome da comissão especial que emitiu parecer, aprovado em plenário, recomendando a anulação do concurso público. Vamos entrar com pelo menos três ações, incluindo uma cautelar inominada com pedido de liminar para suspender os efeitos deste termo, anuncia o vereador David Olindo, presidente da comissão. Ele se mostra indignado com a postura da mesa diretora que teria firmado o acordo às escondidas, passando por cima da decisão do plenário que é soberano nas suas deliberações.
Na avaliação do vereador a Mesa Diretora não poderia ter passado por cima da decisão do plenário que deliberou pela anulação do concurso. Ele está convencido de que o termo de ajustamento não será homologado pelo conselho superior do Ministério Público. A promotoria não poderia firmar um TAC oferecido como contrapartida, retirar duas ações cíveis em curso, sustenta David. As ações mencionadas não teriam relação com o concurso público.




