Delcídio ironiza André sobre fortalecimento de Nelsinho com desgaste de Bernal

O senador Delcídio do Amaral (PT) ironizou publicamente a avaliação do governador André Puccinelli (PMDB) de que o desgaste do prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), embora seja ruim para a cidade, fortalece a candidatura do ex-prefeito Nelsinho Trad (PMDB) ao governo de Mato Grosso do Sul.

Pré-candidato do PT à sucessão estadual, o senador usou a sua página no Twitter para provocar os adversários. " Mais uma "pérola" da política de MS. É o "quanto pior, melhor". Inacreditável! Boa noite pra TODOS!", reagiu, após postar em sua página a manchete "Para André, desgaste de Bernal é ruim para a cidade e fortalece Nelsinho", publicada recentemente pelo jornal Correio do Estado.

Delcídio é o principal adversário dos governistas e se articula no sentido de construir uma chapa da qual faça parte, entre outros partidos, o PSDB do deputado federal Reinaldo Azambuja.

Apesar de resistência na cúpula petista e tucana, ideia é Azambuja postular o Senado na chapa a ser encabeçada por Delcídio, visto pelos analistas políticos como favorito para suceder André Puccinelli a partir de 2015.

Os dois líderes políticos começaram a caminhar juntos no segundo turno das eleições municipais em apoio a candidatura de Alcides Bernal, derrotando o candidato do PMDB, deputado federal licenciado Edson Giroto.

Delcídio e Azambuja também se uniram na disputa pelo comando da Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul), na qual elegeram os prefeitos de Anastácio, Douglas Figueiredo (PSDB), presidente, e Humberto Amaducci (PT), vice.

Na disputa, tucanos e petistas derrotaram o prefeito de Costa Rica, Waldeli dos Santos Rosa (PMDB).  O nome do senador conta com a simpatia inclusive de lideranças peemedebistas, como é o caso do presidente da Assembleia Legislativa, Jerson Domingos (PMDB), que, com isso, tem provocado divisão interna nos quadros partidários.

Embora em nível nacional PMDB e PT tentem reproduzir em Mato Grosso do Sul a aliança liderada pela presidente Dilma Rousseff e Michel Temer (PMDB), candidatos à reeleição ao Palácio do Planalto, as lideranças dos dois partidos no plano nacional divergem da ideia.