Política
Eleição de Junior Mochi para presidir Assembleia mostra força do grupo de André
Mochi, um fiel seguidor do ex-governador, conseguiu se viabilizar para se tornar presidente do Legislativo.
Flávio Paes/Região News
02 de Fevereiro de 2015 - 11:05
Confirmada a eleição do deputado Junior Mochi como presidente da Assembléia Legislativa numa chapa de consenso que teve o aval do governador Reinaldo Azambuja, ficou evidenciada a força do grupo que gravita em torno do ex-governador André Puccinelli, detentor de influência sobre 9 dos 10 deputados eleitos na coligação do candidato do PMDB derrotado na disputa pelo governador, o ex-prefeito Nelson Trad Filho. O 10º parlamentar do grupo é justamente o irmão de Nelsinho, Marquinhos Trad, que articula sua saída do PMDB, para tentar disputar a prefeitura da Capital em 2016.
Mochi, um fiel seguidor do ex-governador, conseguiu se viabilizar para se tornar presidente do Legislativo, depois que Onevan de Matos e Zé Teixeira, ambos eleitos na coligação do governador Reinaldo Azambuja, não conseguiram votos suficientes para disputar (com chances) a presidência. O governador, diante do risco de derrotar num eventual confronto, optou por uma chapa de consenso que acomodou Onevan na 1ª vice-presidência, que comandará a TV Assembleia e Teixeira como,1º secretário, uma espécie de administrador da Casa.
Mochi e o restante da tropa de choque andrezista terá a missão de defender a gestão do ex-governador de eventuais criticas e neutralizar qualquer tentativa de investigar obras ou projetos, como a polêmica construção do Aquário do Pantanal, que orçado inicialmente em R$ 22 milhões, quando ficar pronto, terá custado aos cofres públicos mais de R$ 84 milhões, três vezes mais, portanto.
Ao se pronunciar logo depois de eleito presidente, Mochi falou de sua trajetória política, iniciada em Coxim, a 260 quilômetros de Campo Grande e disse que o momento é de amadurecimento. É necessário hoje, nós superarmos o descrédito que a população tem em relação a classe política, disse, ao convocar a população a participar não só dos protestos de rua, mas também fiscalizar as ações dentro da assembleia legislativa.
O líder da oposição, Pedro Kemp, garantiu que mesmo sendo o PT (Partido dos Trabalhadores) o único se posicionando contra, seu papel será garantir transparência na aplicação dos recursos. Não temos que agradar financiadores de campanha, mas ter respeito por quem paga nosso salário: o povo. Temos que ser a casa da cidadania. Faremos oposição não ao Estado, mas para fiscalizar as ações dele, declarou.
A mesa diretora da Assembleia Legislativa ficou com seguinte composição a:
Presidente Júnior Mochi (PMDB)
1º secretário Zé Teixeira (DEM)
Vice-presidente Onevan de Matos (PSDB)
2º secretário Cabo Almi (PT)
3º secretário Felipe Orro (PDT)
2ª vice-presidente Grazielle Machado (PR)
3ª vice-presidente Mara Caseiro (PT do B)




