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Política

Em quatro anos, eleitorado de Sidrolândia cresce 9,13% e se aproxima de 30 mil

Só no mês de maio, último prazo para transferência de domicílio eleitoral, 494 pessoas estiveram no cartório.

Flávio Paes/Região News

03 de Junho de 2016 - 13:27

Nos últimos quatro anos o eleitorado de Sidrolândia cresceu 9,13%, incorporando neste quadriênio 2.704 eleitores, uma média anual de 676, se aproximando dos 30 mil aptos a votar. Na eleição de 2012, quando foi adotado o sistema biométrico, estavam habilitados a exercer seu direito ao voto 26.910 moradores e na eleição programada para outubro deste ano, este contingente será de 29.120 moradores, sendo 14.682 homens e 14.932 mulheres.

Em 2014, quando aconteceram as eleições para presidente e governador, além do Senado, Câmara Federal e Assembleia Legislativa, 28.268 eleitores estavam habilitados, um incremento de 5,05% (1.358 eleitores) em relação ao eleitorado de dois anos atrás. Nos últimos dois anos, o eleitorado cresceu 4,76%, incorporando mais 1.346 eleitores.

Em 2012, 7,92% do eleitorado (2.130 eleitores) se abstiveram. Na eleição suplementar de março de 2013 está abstenção chegou a 12,41%, porque 3.334 eleitores não votaram. No primeiro turno da eleição de 2014, a ausência nas urnas chegou a 17,63% (4.984 eleitores) e 21,15% no segundo turno (5.977).

Só no mês de maio, último prazo para transferência de domicílio eleitoral ou para obtenção do titulo para quem completou 16 ou 18 anos, 494 pessoas estiveram no cartório e encaminharam documentação para obter o título, gerando um movimento que exigiu até a distribuição de senhas. Só nos últimos dois dias do prazo de alistamento eleitoral, que terminou dia 5 de maio, houve a emissão de 390 títulos.

Foto: Flávio Paes/Região News

Em quatro anos, eleitorado de Sidrolândia cresce 9,13% e se aproxima de 30 mil

Só nos últimos dois dias do prazo de alistamento eleitoral, que terminou dia 5 de maio, houve a emissão de 390 títulos.

Entre os novos eleitores, além dos jovens que completaram 16 anos, estão assentados, acampados e indígenas que mudaram para a cidade. Neste grupo (o de indígenas) está Dionísio Gregório, que saiu de Aquidauana há 11 anos, ficou um período em Sidrolândia trabalhando na Seara, pediu demissão, foi para Campo Grande e está de volta à cidade, construiu um barraco na parte mais baixa da aldeia Nova Tereré e está esperançoso de obter um dos 100 terrenos que a Prefeitura distribuir como parte do projeto de ampliar em 6 hectares a área destinada à comunidade. Hoje sobrevive “fazendo bicos”.

Quem também veio para Sidrolândia em busca de emprego na Seara, foi dona Ivonete Abrantes, que há três anos se mudou de Nioaque em companhia do marido e dos filhos. Muito embora já tenha mudado de emprego, resolveu ficar por aqui mesmo. Para não ter que gastar com a viagem até a cidade vizinha onde votava (como fez nas eleições de 2012 e 2014) resolveu transferir o título.

Entre os acampados que resolveram transferir o domicilio eleitoral estão Antônio Carlos Martins e Gaudêncio Gonçalves Torres, eleitores na Capital. Eles estão acampados às margens da BR-060, em frente da Fazenda Aracoara. Para comprovar o domicílio eleitoral tiveram de apresentar uma declaração do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, atestando que eles são sem-terra.