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Política

Enelvo deve acomodar Di Cezar na Educação ou Obras

A informação de que Enelvo não vai condená-lo ao ostracismo a partir de 2013 foi revelada pelo próprio vereador a assessores.

Flávio Paes/Região News

09 de Outubro de 2012 - 13:42

Derrotado nas urnas (obteve 402 votos, ante os 545 que alcançou em 2008), o vereador Di Cezar deve ser contemplado pelo prefeito eleito Enelvo Felini, com a nomeação para ocupar um cargo no primeiro escalão da futura administração: o comando da Secretaria de Obras ou a de Educação.

A informação de que Enelvo não vai condená-lo ao ostracismo a partir de 2013 foi revelada pelo próprio vereador nas conversas que manteve nesta terça-feira na Câmara Municipal. Di Cezar, que durante os últimos quatro anos foi uma espécie de alter ego de Enelvo, incorporando o papel de opositor mais combativo do prefeito Daltro Fiuza, teve seu desempenho eleitoral prejudicado pelo lançamento da candidatura de Vilma Felini (futura primeira dama e vereadora eleita).

Em 2008 ela foi uma das suas principais cabos eleitorais do vereador que também perdeu espaço entre os evangélicos. A derrota de Di Cezar de certa contempla os interesses do futuro prefeito que terá mais facilidade para fazer da sua esposa, a vereadora eleita Vilma Felini, a futura presidente da Câmara.

Se o vereador se reelegesse, o atual vice-presidente seria um candidato natural à presidência da Câmara, dentre outras razões até por sua fidelidade ao projeto político de Enelvo. Di Cezar fez um mandato polêmico, marcado por denúncias (praticamente todas arquivadas pelo Ministério Público) e atitudes folclóricas.

A de maior repercussão foi a de ter se rebelado contra o presidente da Câmara, Jean Nazareth, declarando-se em greve de suas atividades parlamentares por falta de condições de trabalho porque o ar-condicionado do seu gabinete estava estragado. Enelvo não fez muita força pela reeleição de Ilson Peres, que conquistou seu terceiro mandato. Peres fez uma campanha solo, praticamente desconectada (inclusive na publicidade) do candidato a prefeito.

Enelvo o encarava com certa desconfiança já que Peres sempre adotou uma postura “light” na Câmara nos seus quase oito anos no Legislativo.