Gerson critica propostas de populismo tributário de quem só busca `likes`

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Gerson Claro, apontou a flagrante contradição de alguns setores políticos que ao mesmo tempo defendem redução da carga tributária dos impostos cobrados pelo estado e se lançam numa cruzada para exigir do Governo a concessão de altos percentuais de reajustes salariais ao funcionalismo público, criticando a revisão anual fixada em 5%.

"São manifestações demagógicas de quem está em busca de likes nas redes sociais e estão desconectados da realidade. A gestão pública não é uma ilha da fantasia onde dinheiro dá em árvore. Sem as contas equilibradas, não é possível manter a máquina pública, prestar os serviços essenciais e fazer os investimentos necessários em obras", comentou Gerson, em entrevista concedida na manhã desta quarta-feira (25) ao programa Tribuna Livre da Rádio Capital
"A sociedade não aceita mais este tipo de postura inconsequente de imaginar que o Estado pode abrir mão de receita e ao mesmo tempo acreditar que é possível conceder aumentos salariais e manter os investimentos em saúde, educação, assistência social, segurança pública, infraestrutura dentre outras áreas", acrescenta o parlamenta.
"Qualquer mudança na legislação tributária tem que levar em conta o impacto financeiro. Há uma discussão nacional da reforma tributária. Temos de ficar atentos para garantir os interesses do Estado, validando e preservando nossa política de incentivos fiscais que foi estratégica para atração de quase R$ 55 bilhões dos investimentos privados já andamento ou contratados. Somos um estado exportador de commodity e em processo de industrialização para agregar valor à sua produção”, avaliou.
Questionado sobre a tramitação dos projetos do Governo de redução da carga tributária e a revisão salarial do funcionalismo. "A Assembleia Legislativa é parceria do desenvolvimento do Estado. Por acordo de liderança, tem votado de forma rápida as propostas do Executivo que trazem ações positivas nesta direção”, afirma Gerson Claro. Ele qualifica o momento atual do Estado “como um ciclo virtuoso de crescimento, resultado do trabalho competente de gestão, mesmo em meio a pandemia”.