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Política

Juiz obriga IBRAPE a fornecer questionários de pesquisa sobre eleição em Sidrolândia

A medida foi tomada depois que o diretor do instituto, Paulo Catanante, desobedeceu a decisão do juiz e se negou a fornecer os questionários à coligação “Mais Trabalho por Sidrolândia”.

Flávio Paes/Região News

19 de Fevereiro de 2013 - 10:35

O juiz eleitoral Marcelo Ivo de Oliveira, expediu carta precatória a uma das zonas eleitorais de Campo Grande solicitando a designação de um oficial de Justiça, com o apoio de força policial caso seja necessário, para fazer cumprir sua decisão que determinou ao IBRAPE (Instituto Brasileiro de Pesquisa de Opinião Pública) fornecer os questionários da pesquisa eleitoral que a empresa realizou em Sidrolândia sobre o processo eleitoral.

A medida foi tomada depois que o diretor do instituto, Paulo Catanante, desobedeceu a decisão do juiz  e se negou a fornecer os questionários  à coligação “Mais Trabalho por Sidrolândia”. O juiz eleitoral acolheu a representação judicial 21.84.2013.6.12.0031 que a coligação apresentou solicitando a documentação. O magistrado acatou o pedido com base no artigo 14 da resolução 23.364 do Tribunal Superior Eleitoral, que garante aos partidos e coligações o pleno acesso sistema interno de controle de pesquisa, preservando-se a identidade dos entrevistados.

Na representação assinada pelo advogado Rodrigo Graziani Jorge Karmuche, informa que representantes da coligação estiveram na sede do IBRAPE de posse da ordem judicial e não conseguiram encontrar ninguém na empresa. A tarde se repetiu a situação e em contato telefônico, o dono do instituto, Paulo Catanante, se negou a cumprir a ordem judicial.

Segundo o advogado da “Coligação Mais Trabalho por Sidrolândia”, Rodrigo Graziani, foi necessário recorrer à Justiça para assegurar acesso aos documentos da pesquisa (que deve ser divulgada na sexta-feira) diante de informações que circularam nos meios políticos de que os mesmos questionários já tinham sido usados em outra pesquisa encomendada pela PSDB, na qual o candidato tucano aparece com uma larga vantagem. A suspeita era de que a nova amostragem se baseava em entrevistas feitas para outra pesquisa. 

Graziani acha “estranho” que o IBRAPE se negue a fornecer os questionários da pesquisa. “Se o levantamento foi feito com o rigor técnico-cientifico necessário, não há porque criar estes empecilhos. O que nós estamos buscando é garantir a transparência e a lisura do processo eleitoral. O objetivo é que a vontade do povo possa ser exercida de forma soberana, livre de qualquer forma de manipulação”.