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Política

Justiça pede quebra de sigilo telefônico de Marquinhos Trad em investigação de assédio

Justiça pede quebra de sigilo telefônico de Marquinhos Trad em investigação de assédio.

Correio do Estado

16 de Junho de 2023 - 15:15

Justiça pede quebra de sigilo telefônico de Marquinhos Trad em investigação de assédio
Despachos anteriores já limitavam perícia apenas às conversas com possíveis vítimas - Gerson Oliveira/ Correio do Estado

Marcos Marcello Trad, o ex-prefeito Marquinhos, teve determinação através da 3ª Vara Criminal de Campo Grande, para quebra de seu sigilo telefônico, com a apreensão de seu celular, como extensão de perícia na investigação de assédio envolvendo o atual presidente municipal do PSD.

Conforme publicado no Diário Oficial do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, Marquinhos tentou impedir - sem sucesso - que seu celular fosse periciado.

Despachos da juíza Eucélia Moreira já limitavam essa perícia apenas às conversas com possíveis vítimas, sendo que a primeira denúncia do Ministério Público apontava para, pelo menos, sete mulheres "alvos" dos supostos crimes.

Essas sete denúncias apontavam para os crimes de assédio sexual contra uma mulher; importunação e favorecimento à prostituição, com três mulheres vítimas cada uma dessas tipificações.

Justiça pede quebra de sigilo telefônico de Marquinhos Trad em investigação de assédio

Reprodução/DiárioTJMS

Escândalo sexual

Após sua derrota nas últimas eleições, o advogado Marcos Trad viu chegar a denúncia do MPMS que revelava verdadeiro escândalo sexual, praticado dentro do gabinete do ex-prefeito, na sede da prefeitura, acusado de assédio e importunação sexual, além do favorecimento à prostituição que envolve o empresário André Luiz dos Santos, conhecido como "Patrola".

Ainda ontem (15) Patrola voltou aos noticiários, após sua empresa - ALS Transportes - ser alvo da Operação "Cascalhos de Areia", em que o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO) investiga prejuízos estimados em R$ 300 milhões.

No caso com Marquinhos, Patrola é acusado de convidar mulheres para uma festa no interior de Mato Grosso do Sul, onde havia droga, bebidas e prostitutas, ocasião em que ele teria pago R$ 1.000,00 já que elas haviam mantido relações sexuais com outros convidados da festa.

Por sua vez, Marquinhos é acusado de atuar atraindo mulheres para o gabinete, sobre o pretexto de possíveis vagas de emprego, e até mesmo usar vagas do Programa de Inclusão Profissional (Proinc) como moeda de troca para os assédios e abusos às vítimas.

Na manhã desta sexta-feira (16) o ex-prefeito foi procurado, para se manifestar sobre a publicação do Tribunal de Justiça, porém não houve retorno até a publicação desta matéria.