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Política

Moacir ainda nem é candidato, mas já tem perfil do prefeito que pretende ser

O empresário se inspira na forma de atuação do governador André Puccinelli quando foi prefeito de Campo Grande

Marcos Tomé/Flávio Paes

09 de Novembro de 2011 - 10:23

Moacir ainda nem é candidato, mas já tem perfil  do prefeito que pretende ser
Moacir ainda nem - Foto: Marcos Tom

O empresário Moacir Almeida pode até nem ser o candidato do PMDB à prefeitura de Sidrolândia, mas já tem na cabeça o formato de gestão que pretende implementar na eventualidade  de disputar e vencer a eleição de 2012.  Moacir quer ser um prefeito gestor, inspirado  na sua vivência como empresário, que se reunirá  pelo menos uma vez por semana com o primeiro escalão  para definir metas  e cobrar resultados.

Ele afirma que neste dia não haverá espaço para outra atividade na agenda do  prefeito  a não ser a  reunião com seus gerentes,  no caso os secretários. “O País, os Estados e as Prefeituras, devem ser geridos como empresa. Com o agravante, que vamos administrar o dinheiro do povo, que  ao invés de lucros, como retorno dos impostos que se paga, quer receber serviços públicos de qualidade, obras“, comenta.

Coerente com esta ótica de viés fortemente empresarial, Moacir assegura: "quem não mostrar serviço não será poupado.  Vai ganhar bilhete azul, mesmo  aqueles apadrinhados por partidos aliados. Aos dirigentes dos partidos caberá indicar uma  lista tríplice  para o prefeito tirar dali o novo secretário", revala.

Detalhe: além de respaldo político, é pré-requisito para o “ungido”,  ter bom currículo, competência técnica e aptidão para saber comandar e atuar na área de atuação da Secretaria. Como a cidade depende de verbas federais para fazer investimentos em obras e projetos, Moacir  acha fundamental ter uma equipe preparada para elaborar bons projetos.

“Acredito que a prefeitura  precisa de técnicos em Brasília para percorrer os ministérios apresentando projetos, garimpando onde estão os recursos para custeá-las”. Além de cobrar resultados do secretariado e exonerar quem não tiver bom desempenho,  o empresário se inspira na forma de atuação do governador André Puccinelli quando foi prefeito de Campo Grande, para descrever como seria seu dia-a-dia à frente do Executivo Municipal.

Assim como André fazia na capital, percorrendo  a cidade num Fiat Uno vermelho em horas incertas nos postos de saúde, nas escolas e vistoriando obras, Moacir , pretende trabalhar forte fora dos gabinetes, por exemplo checando a pontualidade, frequência e assiduidade dos médicos, vendo de perto o funcionamento das escolas. 

Embora se considere preparado para disputar e ganhar a eleição, o empresário reconhece que além da capacidade de aglutinar as forças políticas que apoiaram a reeleição do prefeito Daltro Fiúza em 2008, o candidato terá de demonstrar sua competitividade a partir de pesquisas qualitativas e quantitativas.

“Não adianta fechar acordos de cúpula e gastar uma fortuna, se o nome do escolhido não tiver o perfil que expresse o anseio da população”. Como “não quer perder tempo e nem dinheiro”, admite que sai da disputa caso as pesquisa  apontem outro nome como o preferido do eleitor. “O PMDB tem bons nomes", assegura mencionando além da vereadora licenciada Roberta Stefanello e do empresário Acelino Cristaldo, o secreário Nilo Servo,  "dentre outros".

Além de não acreditar que campanhas milionárias sejam suficientes para reverter tendências, ganhar eleição, o empresário, caso seja o candidato, não pretende  mudar sua forma de ser,  transformar-se num político populista, que cumprimenta o eleitor (e  toda a família dele) pelo nome e o sobrenome, pega criancinha no colo e beija no rosto, participa de todos os batizados e aniversários( inclusive aqueles para os quais não foi convidado. “Não daria certo, não seria eu, o povo não aceitaria  a farsa”.