Política
Nelsinho reafirma candidatura ao Governo do Estado e critica trairagem no PMDB
O pré-candidato peemedebista declarou preferir que os traidores fiquem do lado dos adversários e sugeriu a saída dos insatisfeitos do partido
Correio do Estado
09 de Dezembro de 2013 - 09:00
O ex-prefeito de Campo Grande Nelson Trad Filho (PMDB) declarou que não desistirá de sua pré-candidatura a governador do Estado, criticou a trairagem no partido e assegurou contar com o apoio do comando nacional do PMDB para enfrentar o senador Delcídio do Amaral (PT), em 2014.
O pré-candidato peemedebista declarou preferir que os traidores fiquem do lado dos adversários e sugeriu a saída dos insatisfeitos do partido. Quem não está feliz, que vá embora e arque com as consequências, porque se não houver disciplina partidária, se não houver sintonia no mesmo objetivo, eu não seria o único prejudicado, advertiu.
Para Trad Filho, a traição irá prejudicar também o desempenho nas urnas da bancada de deputados estaduais e federais, bem como a candidatura de senador. Ele aconselhou, com isto, que os traíras tomem juízo e andem na linha do partido. O ex-prefeito considera salutar as diferenças de posição na sigla para engrandecer o debate e a solução dos problemas.
Segundo ele, ter divergência no âmbito partidário não é ruim, mas o foro e lugar legítimos para tratar dessa divergência é no âmbito do partido. Um dos alvos do ex-prefeito é o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Jerson Domingos, que trabalha abertamente pela aliança do PMDB com o PT em Mato Grosso do Sul. Jerson nunca escondeu a sua rejeição à indicação de Nelsinho e seu apoio à pré-candidatura de Delcídio para governador.
Essas pessoas (a quem diz ser traíras) não estão percorrendo o Estado. Nunca vi o deputado Jerson em uma reunião do partido. Nunca vi. Elas têm de ouvir o que a base partidária fala, afirmou.
Mesmo diante da resistência de uma pequena parte do PMDB à sua candidatura, ele disse estar urgindo pela maioria do partido para concorrer à sucessão estadual. Então, segundo o peemedebista, não irá recuar da missão de lutar pela permanência do PMDB no poder. Estou respaldado. Não irei desistir desse objetivo de enfrentar seja lá quem for referendado como pré-candidato a governador de outros partidos, afirmou.
Trad Filho não escondeu a sua decepção com correligionários do partido que nem sequer citam o seu nome nas solenidades. Na solenidade em Três Lagoas, a vice-governadora Simone Tebet (PMDB) ignorou o pré-candidato a governador e elogiou a atuação do senador Delcídio do Amaral, rival do PMDB na sucessão estadual.
Outra liderança política que destacou a presença de Delcídio foi o secretário estadual de Habitação e pré-candidato a deputado federal Carlos Marun. Mas o governador André Puccinelli não se esqueceu dele. Até Delcídio lembrou o seu virtual adversário na sucessão estadual.
O ex-prefeito cobrou esse esquecimento de seus colegas numa reunião em Campo Grande. Todos se comprometeram a dar mais atenção para evitar novos constrangimentos. O pré-candidato peemedebista, também, condenou as conversas isoladas de lideranças do PMDB com o possível rival na sucessão estadual, Delcídio do Amaral.
Entendo que você dialogar na política, sem a necessidade de expor o apoio, é algo natural do meio que você está vivendo e trabalhando, disse, Como você vai fazer política sem conversar e dialogar? indagou. Além de Jerson, ele se referia à reunião do vereador Paulo Siufi (PMDB) com Delcídio.
Ocorre que tem limite que se deve respeitar por ética partidária, onde a partir do momento que se passa desse limite, você está ferindo o estatuto do partido. Se isso ocorrer, têm as penalidades que são colocadas no próprio estatuto, afirmou ex-prefeito. Mas o vereador Paulo Siufi prometeu seguir a determinação partidária de trabalhar pela pré-candidatura de Trad Filho.




